Segundo o Ministério das Minas e Energia, na região Norte do país estão concentrados os Sistemas Isolados, região onde também se encontra o maior bioma brasileiro, a floresta Amazônica. No Acre, 7 localidades com 215 mil pessoas e 44.429 unidades consumidoras estão em áreas não conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Atualmente, no País, cerca de 3 milhões de pessoas são atendidas por sistemas térmicos para fornecimento de energia elétrica.
Com o lançamento do Portal de Acompanhamento dos Sistemas Isolados (PASI), no dia 29 de fevereiro, é possível visualizar toda a dimensão desses sistemas em um único lugar.
Os dados foram enviados pelas distribuidoras que possuem sistemas isolados em sua área de concessão e compilados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) durante as atividades do ciclo de planejamento dos Sistemas Isolados.
Do total dos sistemas isolados, a maioria está no estado do Amazonas, 97 localidades atendendo mais de 284 mil unidades consumidoras. Seguido do estado de Roraima, que concentra 58 sistemas isolados, atendendo 162 mil unidades consumidoras. Já a capital Boa Vista (RR) é o maior sistema isolado em atividade atualmente.
Os estados do Pará, de Rondônia e do já citado Acre também contam com os sistemas isolados, com 17, 13 e 7 localidades, respectivamente. Outros estados, como o Amapá e Pernambuco – único na região Nordeste – possuem apenas uma localidade. Todas essas regiões atendem mais de 100 mil unidades consumidoras.
Os dados da plataforma trazem, ainda, o impacto que cada região tem com os sistemas isolados. Na região do estado do Amazonas, por exemplo, é possível ver quais localidades têm perdas de energia que variam de 3%, chegando a 80% em alguns municípios.
O MME prevê, com a interligação das comunidades isoladas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) planejadas para 2024 e nos próximos anos, a redução do montante da energia térmica gerada nos estados de Roraima, Amazonas e Pará, diminuindo os custos do suprimento de energia elétrica.
Segundo estimativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), inicialmente, deve haver uma redução do custo variável de operação das usinas termelétricas locais de R$ 200 milhões por ano.