O bitcoin (BTC) conquistou novamente o patamar de US$ 69 mil, , a maior da história da criptomoeda, em novembro de 2021, nesta terça-feira (5) por volta das 12h. O retorno a essa faixa de preço aconteceu após o BTC apresentar uma valorização de 55% desde o início do ano. Os ganhos são um reflexo das negociações dos ETFs de bitcoin à vista nosEstados Unidos, lançado em janeiro, que têm atraído um capital relevante para o BTC. A conquista, contudo, não retira a dúvida dos investidores sobre a capacidade da maior criptomoeda em valor de mercado ir mais além.
O questionamento tem como base o histórico do bitcoin. Quando a criptomoeda atingiu a cotação dos US$ 69 mil, não teve mais forças para seguir adiante. Pelo contrário, o BTC devolveu em apenas um ano cerca de 70% dos seus ganhos, o que gerou uma frustração da comunidade criptos. O cenário desafiador macroeconômico com a alta dos juros nos Estados Unidos e as crises no setor de criptoativos, como o colapso do ecossistema Terra Luna e a quebra da corretora FTX, foram as principais protagonistas da derrocada após esse momento triunfal.
Já nesta retomada, o BTC caiu 3% em apenas 30 minutos. No entanto, para o atual momento, os analistas de mercado enxergam um destino diferente para criptomoedas diante dos fundamentos mais definidos. José Gabriel Bernardes, sócio da Fuse, gestora de criptoativos, explica que as negociações dos ETFs de bitcoin à vista nos Estados Unidos atraem o capital institucional que costuma estar mais focado em perspectivas de longo prazo e, por essa razão, deve influenciar em um ambiente menos volátil. “Estamos vendo que a dinâmica agora é diferente. É mais madura e mais institucional”, diz Bernardes.
Para se ter ideia da magnitude desses novos instrumentos, os dados da Fairside, gestora de investimentos, mostram que os fundos de índice foram responsáveis por adicionar aproximadamente US$ 520 milhões à capitalização total do mercado do bitcoin apenas nas negociações da última segunda-feira (26). Além disso, os 11 ETFs movimentaram juntos US$ 9,6 bilhões apenas nos três primeiros dias de negociação nas bolsas de valores de Nova York (NYSE), da Nasdaq e da Chicago Board Options Exchange (CBOE).
Na época, Eric Balchunas, analista da Bloomberg, em publicação na rede X (antigo Twitter), afirmou que os novos instrumentos de negociação de bitcoin superaram com folga o volume de negociação dos 500 ETFs lançados em 2023 em apenas um dia. “Hoje, eles (os ETFs lançados em 2023) registraram um volume de US$ 450 milhões. O melhor alcançou cerca de US$ 45 milhões”, informou o analista.
A proximidade do halving será mais um fator preponderante para o bitcoin ter um desempenho diferente em relação a novembro de 2021. O evento, previsto para abril, ocorre a cada quatro anos e é responsável por reduzir pela metade as recompensas dadas aos mineradores de criptomoedas. Na prática, a medida limita ainda mais a criação de novos de bitcoin, o que pressiona os preços do ativo diante da queda da oferta no mercado.
Atualmente, a recompensa em cada bloco minerado é de 6,25 BTC. Após o halving deste ano, a recompensa cai para 3,125 BTC por bloco minerado – os cálculos matemáticos que registram as transações de criptomoedas na rede. “Nos três primeiros eventos de halving na história do bitcoin, em 2012, 2016 e 2020, vimos um aumento exponencial dos preços”, afirma Israel Buzaym, diretor de Comunicação do Bitybank.
Vale investir o BTC?
Os próximos dias serão de volatilidade para o bitcoin, o que pode causar estranheza para o investidor que esperava um ritmo consistente de ganhos no curto prazo. No entanto, André Franco, head de research do Mercado Bitcoin, avalia que esse possível movimento não deve fechar as janelas de oportunidades de investimento para o BTC. “Ainda temos uma janela boa. Óbvio que parte do ganho ficou para trás aqui, mas ainda existe possibilidade de fazer muita grana também”, diz Franco.
O otimismo se baseia porque, com um cenário econômico mais favorável, o bitcoin deve renovar as suas máximas históricas. Alguns analistas já possuem os seus palpites para os próximos meses. Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos, por exemplo, acredita que a moeda digital pode chegar a US$ 100 mil em dezembro deste ano. No entanto, ele alerta que o movimento de alta não será linear. “A última vez que o bitcoin rompeu a máxima caiu bastante. Algumas semanas subiu, tentou romper de novo e caiu novamente”, afirma o especialista.
José Artur Ribeiro, da CEO da Coinext, acredita que o cenário base para o próxima All Time High (ATH, como o mercado se refere a recorde de preço) é de US$ 84 mil que deve ser conquistado apenas em 2025. Caso as condições de mercado sejam ainda mais otimistas, a expectativa é que a cotação do BTC alcance a cotação de US$ 164 mil. “Depois desse ciclo de alta, a mínima esperada para o Bitcoin é de US$ 50 mil. Ou seja, esse será o novo piso para a moeda quando chegar o próximo bear market (período de queda prolongada dos preços)”, afirmou Ribeiro.
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