O encontro entre o governador Gladson Cameli e a prefeita Fernanda Hassem, em Brasiléia, com os Ministros Waldez Góes (Integração) e Marina Silva (Meio Ambiente), ocorreu às margens do Rio Acre, no bairro Leonardo Barbosa, uma das regiões mais afetadas pela cheia do Rio Acre que atingiu mais de 15 mil pessoas. Só neste bairro, mais de 10 casas foram levadas pelas forças das águas.
A Ministra Marina Silva defendeu a elaboração do Plano de Adaptação Climática para a região. “Devemos criar o Plano de Adaptação climática, dentro do contexto de reestruturação a longo prazo. Esforço com Ministérios das cidades, Integração e Cidades, decretando emergência climática para municípios onde isso é recorrente. Se aumentar mais um grau de temperatura, isso aqui não tem mais como reverter. É possível mudar a cidade de lugar dentro de um estudo que deve ser feito que deve levar em conta questões sociais, culturais e financeiras. Isso está sendo trabalhado em vários lugares do mundo. Há mais de 30 anos a ciência tem avisado isso”, disse Marina, afirmando que a medida não deve ser imediata.
O governador Gladson Cameli apelou para os ministros e se colocou favorável a apoiar qualquer medida que ajude Brasiléia. “Dentro de um planejamento e união do governo federal, estadual e municipal e os novos conceitos, e o congresso tem que aprovar novas leis. O poder público se compromete, queremos ajudarmos nessa iniciativa. Fica aqui o meu compromisso de abraçar esse projeto”, frisou.
Seguindo o mesmo pensamento, o senador Alan Rick afirmou que a proposta está entre as prioridades da bancada federal. “A bancada tem esse compromisso de remanejar a cidade para a parte alta. Estamos à disposição para fazermos esse planejamento”, disse.
A prefeita Fernanda Hassem defendeu a união entre os poderes e lembrou do colpaso social que a cidade vive. “ As pessoas perdem a única coisa que elas tem. De uma hora para outra isso muda. O povo de Brasiléia é forte e trabalhador. Eu não conseguiria ajudar o povo sem ajudar do governo federal com o socorro humanitário. Temos 16 abrigos e nenhum parou de funcionar mesmo com a queda do nível do Rio. Sou grato ao governado, que mesmo o Acre com 19 cidades em emergência, esteve aqui durante 3 momentos”, disse.
O Ministro Waldez destacou que um levantamento está sendo feito para mitigar os problemas emergenciais. “Nesse curto prazo vamos focar na ajuda humanitária e garantir o direito de ir e vir das pessoas. O governo Lula tem interesse e empatia com o povo do Acre e entende que uma ação emergencial tem que ser feita, não só a curto prazo, mas também a médio e a longo”, disse.