A empresária de Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do Acre,Janaina Verbena Terças, é destaque da revista Anicer, do setor cerâmico, que tem circulação nacional. Ela é representante da Federação das Indústrias do Acre- Fieac, no município.
A reportagem Lugar de mulher é na cerâmica foi publicada nesta sexta-feira, 1° de março, mês das mulheres e retrata a história da terceira geração de ceramistas em Cruzeiro do Sul e automação, que transformou a olaria da família, em fábrica.
“É importante que a história das indústrias da Amazônia,do interior do Acre, sejam contadas, bem como das mulheres, das empresárias daqui. Senti orgulho em ver essa história familiar e que tem a ver com o desenvolvimento do município, ser contada nessa publicação nacional “, pontua ela
O avô de Janaína, o português Manoel Terças, começou o negócio na década de 30 do século passado. O pai, Joaquim, montou a própria olaria em 1985, empreendimento que foi assumido, reformulado, ampliado e modernizado por Janaína, que em 2013, inaugurou uma nova empresa, em outro local, com produção automatizada. Edificações relevantes para Cruzeiro do Sul, como a Catedral Nossa Senhora da Glória, o 61° Batalhão de Infantaria e Selva, a Maternidade, Hospitais do Juruá e de Campanha, Aeroporto e Quartel da Polícia Militar, têm a marca das três gerações de produtos da família.
Em setembro de 2021, Janaína Terças, estampou reportagem do Ac24horas, a Rainha do Tijolo. Em setembro do mesmo ano Terças, foi a vencedora do prêmio “Razões para Acreditar” na categoria “Empreendedor Criativo” em evento virtual apresentado por Fábio Porchat e Sauanne Bispo, que concorreu com outras 48 histórias e recebeu 600 mil votos de todo o Brasil.
Em todas as publicações, Janaína é referência de um negócio que é tradicionalmente familiar, e composto por administração majoritariamente masculina. Ela é da geração que entrou no comando, agregando valor e quebrandondo paradigmas, e a olaria, agora tem tecnologia e ritmo de fábrica. O segredo? investimentos e modernizações – com produção automatizada e tecnologia de ponta, resultando no aumentando a produção.
“No meu estado a única mulher à frente de uma cerâmica sou eu, então a desproporção é grande. Claro que dentro dessa perspectiva, eu já sofri em algumas situações desconfortáveis por ser mulher. Mas a resposta para tudo é o trabalho e o resultado dele. O primeiro passo para uma mulher chegar na liderança dessa indústria da cerâmica é conhecer, entender o funcionamento de todos os setores que compõe a produção, desde a extração da argila na jazida até a expedição do material. É importante que a mulher busque sempre a atualização na área cerâmica, formações e capacitações fornecidas pelo Senai têm feito a diferença na formação de mão de obra desse segmento. Participar de feiras do setor cerâmico, nas quais se tem o acesso a novas tecnologias e inovações, além da oportunidade de fazer network com outros ceramistas do país”, conclui ela.
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