Taquari vira “Pantanal” e moradores sofrem sem resgate: “mais de 60 ligações”

Moradores do bairro Taquari, que tem ruas alagadas pela cheia do rio Acre, no segundo distrito de Rio Branco, reclamam da demora no atendimento do resgate do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Nesta quinta-feira, 29, eles pediram que as atividades não sejam interrompidas no fim da tarde.

Imagens aéreas feitas na região mostram um cenário semelhante ao Pantanal (cuja principal característica desse bioma é ser uma enorme planície alagada), com garças sobrevoando a água em áreas normalmente secas.

Dezenas de ruas desapareceram sob a água e onde antes circulavam carros e motos, barcos fazem o transporte das famílias alagadas, que vão à beira da rua esperar por ajuda (veja o vídeo no fim da matéria).

O recepcionista de hotel José Mardison, de 21 anos, diz que ele e a mãe já fizeram mais de 60 ligações ao 193, em três dias de solicitação, mas o resgate ainda não chegou. “Ontem (28) tinham 7 equipes aqui, mas o período de 8h às 17h não é suficiente pra ajudar todo mundo que precisa. O que a gente quer é que esse resgate também funcione durante a noite, porque é na noite que a água sobre com força. Estou há dois dias sem dormir, não sei mais o que fazer”, disse.

Na medição das 9h desta quinta-feira, segundo a Defesa Civil, o mede 16,88m, o que representa um ritmo de subida de dois centímetros por hora. Caso mantenha essa velocidade, as águas do Rio Acre devem alcançar a cota de 17 metros por volta das 15 horas de hoje.

A água do rio Acre já colocou 2.137 pessoas em 9 escolas e no Parque de Exposições. Ao todo, 557 famílias já foram retiradas de suas casas. Na medição das 9h desta quinta-feira, segundo a Defesa Civil, o rio mediu 16,88m, o que representa um ritmo de subida de dois centímetros por hora. Caso mantenha essa velocidade, as águas do Rio Acre devem alcançar a cota de 17 metros por volta das 15 horas de hoje.

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