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92,9% dos acreanos moram em casas e somente 6,05% em apartamentos

Por
Orlando Sabino

O IBGE divulgou no último dia 23/2 dados “Censo 2022: Características dos domicílios – Resultados do universo”. O Nosso objetivo de hoje é retratar alguns dados do Acre contido nos dados publicados.


92,9% dos acreanos moram em casas e somente 6,05% em apartamentos


Em 2022, havia no Acre 242,5 mil de casas ocupadas, nas quais residiam 765,9 mil pessoas. Ou seja, a maioria da população (92,9%) morava nesse tipo de residência. O segundo tipo mais encontrado foi apartamento, categoria de domicílio na qual residiam 6,05% da população. Na tabela a seguir constam os percentuais tanto para o Acre como para a capital, Rio Branco.



Somente 36,73% dos acreanos moram em domicílios conectados à rede de coleta de esgoto


Censo Demográfico mostra também, que 36,73% da população do Acre morava em domicílios conectados à rede de coleta de esgoto em 2022. Esse percentual é um pouco mais que a metade dos números do Brasil. Já Rio Branco, apresenta uma proporção um pouco maior que a brasileira. Os números expostos na tabela abaixo também indicam que a Região Norte apresenta números bem abaixo dos nacionais, demostrando claramente o excessivo nível das desigualdades regionais nos serviços de saneamento no país.



Mâncio Lima e Tarauacá possuem os piores indicadores de esgotamento sanitário


Considerando quem vivia em domicílios com esgotamento por rede coletora ou fossa séptica, os valores foram de 49,67 em 2022. Em Rio Branco o percentual foi de 79,41%. Os números indicam que, 21 dos 22 municípios acreanos, apresentavam menos da metade da população morando em domicílios com coleta de esgoto, somente em Rio Branco mais da metade dos habitantes residia em domicílios com esgotamento por rede coletora ou fossa séptica. Destaca-se abaixo os 5 melhores e os 5 piores no ranking municipal de coleta de esgoto do Acre.



Mai de 8 mil domicílios acreanos não têm banheiros, sanitários ou buraco para dejeções


Em 2022, 86,03% da população acreana tinham, no mínimo, um banheiro de uso exclusivo. Banheiros compartilhados por mais de um domicílio foram informados por 3,40% da população. Já 3,07% (8.003 domicílios) da população habitava domicílios sem banheiros, sanitários ou buracos para dejeções.


Somente 75,9% dos domicílios acreanos são atendidos por coleta de lixo


Coleta direta ou indireta de lixo atendia 75,9% da população acreana em 2022. Os tipos de descarte mais frequentes foram o “Coletado no domicílio por serviço de limpeza” (64,12%) e o “Depositado em caçamba de serviço de limpeza” (1,79%).


Somente 52,56 dos habitantes do Acre são abastecidos por distribuição de água como a forma principal


Em 2022, rede geral de distribuição de água foi a forma principal de abastecimento de água para 52,56% dos habitantes do Acre e de 58,99 dos habitantes de Rio Branco. Conforme o IBGE, o Censo 2022 também mostra diferenças regionais na forma de abastecimento de água: enquanto no Sudeste o percentual de moradores com rede geral era de 91,0%, no Norte foi de 56,4%, e no Nordeste, de 76,3%. Os números da Acre ficaram abaixo dos do Brasil e da Região Norte, conforme gráfico a seguir.



Cruzeiros do Sul é o município do Acre com maior número de domicílios ligados a rede geral de distribuição de água


Na questão do abastecimento de água, somente 08 municípios do Acre abastecem mais de 50% dos seus habitantes com a utilização da rede geral de distribuição. Os 14 demais municípios não alcançam nem 50% da população com esse tipo de abastecimento.



Ao contrário dos números do país como um todo, não se observou no Acre, restrições de acesso ao saneamento básico nem entre jovens, nem para pretos, pardos e/ou indígenas. O índice de acesso à infraestrutura de saneamento, foi equitativo entre essas categorias.


Conclui-se que até 2022, o Acre não foi capaz de modificar significativamente o panorama dos indicadores da prestação dos serviços de saneamento, principalmente o acesso universal para toda a população, seja de água, esgoto, coleta de lixo e a drenagem das águas pluviais.



Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas


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