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Acreana chora ao falar do desgaste em perder móveis: “pensam que a gente mora onde alaga porque quer”

Moradores das ruas às margens do rio Acre, na capital acreana, que já tiveram suas casas invadidas pela água ou trabalham para se antecipar à alagação, contam com ajuda de familiares e vizinhos para transportar seus bens pessoais.


Deisiane Ferreira, moradora da rua Palmeiral há 44 anos, no bairro Cidade Nova, chorou ao falar sobre o desgaste de morar em área de risco e ocasionalmente perder móveis para as alagações. “Dessa vez estamos nos antecipando, porque a água já está no terreno. Mas não tem o que fazer, as pessoas pensam que a gente mora em lugar que alaga porque quer, mas a gente não tem oportunidade de ir para outro lugar”, afirmou.


Eudes Silva, vizinho da frente de Deisiane, mora em uma casa mais alta e está recebendo os móveis dela e de outros vizinhos. “Numa hora dessas o que conta é a união. Graças a Deus, aqui na comunidade um ajuda o outro”, disse.


O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, assinou na manhã desta segunda-feira, 26, o decreto de situação de emergência na capital acreana em razão da cheia do rio Acre, que já atinge 51 mil pessoas em 37 bairros, num momento em que não há previsão de vazante. O documento deve ser publicado hoje em edição extra do Diário Oficial.


O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, solicitou aos cidadãos e empresários da capital que possam ceder equipamentos para ajudar no resgate de pessoas e bens atingidos pela cheia do rio Acre. Na manhã desta segunda-feira, 26, 15 equipes de resgate se desdobram para atender uma fila de 80 ocorrências.


Veja a videorreportagem:


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