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Novo Anuário de Indicadores da Violência do MP reafirma conflito de facções como gatilho da criminalidade no Acre

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Núcleo de Apoio Técnico (NAT), lançou a 7ª edição do Anuário de Indicadores de Violência, apresentando uma análise abrangente dos índices criminais no estado no período de 2013 a 2022. O Anuário traz um demonstrativo histórico de indicadores prioritários de violência e criminalidade no Acre.


Com 245 páginas, o documento elaborado pelo Observatório de Análise Criminal do NAT, órgão auxiliar do MPAC, mostra que a partir de 2015, o estado passou por uma mudança significativa, vivenciando situações de criminalidade e violência até então desconhecidas.


O aumento nos registros de crimes violentos é atribuído, em grande parte, ao conflito entre organizações criminosas, que expandiram suas operações no estado, disputando rotas do tráfico de drogas e domínio de territórios.

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Entre os indicadores apresentados, o roubo, que impacta diretamente na sensação de segurança da população, teve uma redução significativa de 34% em 2020 em relação a 2019, mas em 2021 registrou um aumento de 6%, voltando a cair em 2022, com uma redução de 22%.


No tocante às mortes violentas intencionais (MVI), o Anuário aponta um aumento de 22,2% em 2022 em relação ao ano anterior, elevando a taxa para 28,6 vítimas para cada grupo de 100 mil habitantes.


O estudo também analisa a frequência dos crimes por dia da semana e horário, destacando a maioria ocorrendo nos finais de semana, entre 20h e 23h, além de dados sobre o perfil das vítimas, feminicídio, população carcerária, suicídio, atuação do crime organizado, acidentes de trânsito, entre outros.


O Anuário tem como fonte dados do Observatório de Análise Criminal do MPAC, do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), do Sistema Penitenciário do Acre, do Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional (Sisdepen), das Secretarias de Estado de Justiça e Segurança Pública, (Sejusp), de Saúde (Sesacre), do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan/Datasus), das Polícias Civil e Militar e do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).


Para a coordenadora-geral do NAT, promotora de Justiça Marcela Cristina Ozório, o compilado de dados, além de trazer informações sobre diversos indicadores relacionados a violência, contribui para subsidiar a tomada de decisões, não apenas do Ministério Público, como de toda a área de Segurança Pública e a comunidade jurídica.


“Nosso objetivo é produzir conhecimento para subsidiar a tomada de decisões de políticas públicas e a definição de planos de ações que possam, com base nos resultados já demonstrados aqui no estado do Acre, tomar medidas não somente de repressão, mas também de prevenção, para que esses crimes não ocorram novamente. O NAT, por meio do Observatório, com todo comprometimento e metodologia utilizada, faz uma análise de todos esses dados, e o resultado desse trabalho é o lançamento desse anuário”, destacou.


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