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Acre teve segunda menor área com alertas de desmatamento em janeiro, segundo plataforma do INPE

Por
Raimari Cardoso

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgados antes do carnaval indicam que, em janeiro deste ano, foram registrados alertas de desmatamento para 118,86 km² da Amazônia. A área perdida no bioma é um pouco maior do que Vitória, no Espírito Santo, a menor capital do país.


De acordo com os dados do Deter, disponibilizados pela plataforma Terra Brasilis, o Acre, com 0,5 km² de alertas, foi o segundo estado com o menor registro de destruição, ficando atrás apenas de Tocantins. O número é cerca de 60% menor que os dados consignados no mesmo período de 2023, quando a área sob alertas no estado foi de 1,23 km².


Na Amazônia como um todo, os números divulgados apontam uma queda de 29% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando 166,6 km² foram desmatados. A cifra medida pelo INPE é a terceira menor da série histórica, iniciada em 2016, para o mês de janeiro.


Entre os estados, Roraima e Pará registraram as maiores áreas em alerta: 32,4 km² e 32,3 km, respectivamente. Mato Grosso (30 km²) e Amazonas (16 km²) aparecem em terceiro e quarto lugar do ranking de estados com maiores áreas sob alerta.


Segundo outra ferramenta do INPE, a Sala de Situação, 21,4% do desmatamento registrado em Roraima aconteceu dentro de áreas protegidas ou onde ainda não há informação: 15,3% dentro de Florestas Públicas Não Destinadas, 2% em Terras Indígenas, 0,6% em Unidades de Conservação e 3,5% em áreas sem dados fundiários.


Junto com o Amazonas, Roraima é considerado a “nova fronteira do desmatamento na Amazônia”. Apesar de possuir grande parte de suas florestas ainda intacta, o estado sofre com a pressão da exploração de madeira, grilagem de terras, criação de gado e produção de soja.


Em todo o ano passado, o Acre registrou redução superior a 73% com relação ao ano anterior. Foram 585,12 km² de alertas em 2022 e 154,53 km² em 2023, de 1º de janeiro a 29 de dezembro.


Os dados estão disponíveis na plataforma Terra Brasilis.


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Raimari Cardoso