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Novas demissões na Globo e Record ressaltam grave situação que o público não vê

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Terra
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Nos últimos dias, repercutiu a não renovação do contrato de Carolina Dieckmann, após trinta anos na Globo, e a demissão do veterano repórter Luiz Gustavo, depois de 15 anos de Record. Novas dispensas de estrelas do vídeo e funcionários dos bastidores devem ocorrer nesse primeiro trimestre.


Seria exagero usar a palavra crise, mas a situação é realmente preocupante. O aumento de receitas – em 2022, o canal dos Marinhos faturou R$ 15,1 bilhões e o do bispo Macedo, R$ 3,2 bilhões – não tem sido suficiente para equilibrar as contas.


Os custos operacionais estão cada vez maiores. Parte deles está indexada ao dólar, como a compra de equipamentos e tecnologias importados. Para não sacrificar a qualidade da programação, as emissoras reduzem o elenco de atores e jornalistas. 

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Na teledramaturgia, o contrato por obra com apenas meses de vigência é a nova regra. Poucos artistas de novelas têm o privilégio de assinar compromisso por longa duração. Juliana Paes, por exemplo, saiu da Globo em março de 2022. Voltou no fim do ano passado com acordo válido durante as gravações de sua participação no remake de ‘Renascer’.


No jornalismo, aqueles com salário maior estão na mira do RH. A Globo demitiu quase todos os repórteres mais experientes, acima de 60 anos. Para economizar, a Record abriu mão até âncoras importantes para a audiência, como Wagner Montes Filho, no Rio, e Fernanda Arcanjo, em Goiás.


Apesar da estagnação nos índices aferidos pela Kantar Ibope, a televisão continua a receber a maior fatia das verbas do mercado publicitário. De acordo com dados do Cenp Meios, divulgados pelo Brazil Journal, R$ 10 bilhões foram investidos na compra de espaço em TVs abertas e canais pagos em 2022.


Na contramão, Jair Bolsonaro direcionou várias vezes menos verbas de propaganda à televisão ao longo de seus quatro anos de mandato na comparação com os presidentes anteriores. 


Há esperança entre as cúpulas das grandes redes de TV de que Lula retome a tradição de altos investimentos do governo federal nos intervalos comerciais. Esse dinheiro procedente de Brasília daria fôlego às contas das principais emissoras.


A previsão orçamentária indica até R$ 647 milhões para publicidade oficial este ano de eleições municipais. O esforço para cumprir a meta de déficit zero pode contingenciar parte relevante desse valor. Mesmo assim, os canais de alcance nacional devem receber a maior verba desde 2019.


Fonte: Terra


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