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Álamo diz que não gosta de ser rotulado de “esquerdista” por ter trabalhado em governo petista

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O convidado do Pôdicast comandado pelo publicitário David Sento-Sé, transmitido pelo ac24horas nesta quarta-feira, 31, foi o cantor, compositor e instrumentista, Álamo Kário, 57 anos, onde contou suas experiências e histórias de vida ao longo dos mais de 30 anos de carreira.


No início da entrevista, Kário revelou, de cara, que seus trabalhos na empresa de publicidade Companhia de Selva, na época das gestões do PT, lhe causaram prejuízo, tanto no meio artístico quanto na política. “Eu pago um preço caro, minha voz foi muito tocada, eu tava em todas as televisões, rádios, isso ficou muito marcado, isso me marca politicamente também”, explicou.


O compositor disse ainda que não gosta de ser rotulado como defensor da esquerda. “Até hoje o pessoal diz que eu tomo partido das costas. Na ascensão dos anos 2000, o Davi e Gilberto confiaram em mim nos trabalhos. Eles viram em mim para fazer o que eles pretendiam nas campanhas publicitárias e eu compreendia, fiz música em 20 minutos. Isso reflete em mim, no meu trabalho, não gosto de ser rotulado, por exemplo, como um cara de esquerda, petista, não gosto”, declarou, enaltecendo sua parte profissional.

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Nascido na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Álamo disse que na década de 80 acabou produzindo seu primeiro disco de vinil – patrocinado por sua mãe. “Para mim, foi a melhor sensação”.


O cantor e compositor relembrou que sua chegada no Acre ocorreu na década de 90 devido a convite de um parente da família, visando participar de uma campanha eleitoral em 1990. “Eu peguei a passagem, olhei e disse o que iria fazer no Acre, sempre fui próximo da minha família. Eu vim pro Acre, foi a primeira oportunidade de mudar de vida. Aqui, eu trabalhei pro Edmundo Pinto no segundo turno das eleições da época”, comentou.


Ao apresentador Santo-Sé, Kário contou que, em sua trajetória no Acre, já compôs três músicas regionais. “Sendo uma delas pra Río Branco”. Além disso, o cantor citou que se sente realizado vivendo da música e agradeceu o reconhecimento artístico obtido no Acre. “Eu já toquei pra mais de 40 mil pessoas, sou um cara realizado pelo reconhecimento como artista, o Acre e Mossoró me deu, sou feliz. Tenho casa, carro e com o trabalho, fazendo o que eu gosto”, ressaltou.


Relembrando histórias de vida, Álamo contou que esteve no camarim de artistas nacionais, como da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano na década de 90. “Eu abri muitos shows na década de 90, Jorge Ben Jor e outros o Zezé di Camargo eu não abri, mas estava no show e estive com ele no camarim, estava com meus discos e entreguei a ele. Eu sacaneei até eles [Zezé di Camargo e Luciano]”. O cantor ainda defendeu o sertanejo, acerca das polêmicas sobre a condição da voz. “Já senti minha voz raspando, depende do momento que estamos vivendo”, explicou.


No fim do bate-papo, Álamo ainda agradeceu os convites da prefeitura e governo para tocar no carnaval 2024. “Obrigado prefeito, governador. Vai ser muito legal o carnaval no centro, relembrando os bons tempos. Espero que a galera não brigue”, disse.


Veja a entrevista na íntegra:

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