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Abin: Claro, Tim e Vivo sabiam de espionagem, mas não alertaram Anatel

Raimundo Sampaio/Esp. Metrópoles

As operadoras de telefonia Claro, Tim e Vivo tinham conhecimento de que seus respectivos sistemas estavam sendo invadidos pelo software espião FirstMile, no esquema de monitoramento ilegal da “Abin paralela”, contudo, não avisaram a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).


Nesses casos, o repasse é obrigatório de acordo com as normas do setor. Não comunicar pode resultar em uma punição administrativa. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, nesta quarta-feira (31/1).


A Anatel confirmou à Folha que a Claro, Tim e Vivo “não notificaram a agência sobre ataques ou tentativas de invasão por meio do software FirstMile”.


No momento, o órgão abriu investigações internas para entender se as empresas “tinham conhecimento das vulnerabilidades sendo exploradas”.


O Metrópoles entrou em contato com as três operadoras e aguarda o retorno. O espaço segue aberto para futuras manifestações.


A “Abin paralela”


De acordo com investigações da Polícia Federal (PF), uma organização criminosa se infiltrou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar adversários do clã Bolsonaro. Esse esquema ilegal de espionagem, sem aval da Justiça, ocorreu contra autoridades, jornalistas, advogados durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), entre 2019 e 2022.


Estariam entre as autoridades monitoradas pelo software espião FirstMile: os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e o ex-governador do Ceará Camilo Santana, hoje ministro da Educação.


Nos últimos dias, a PF teve como alvos o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).


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