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Acre tem mais casos de febre Oropuche em 15 dias de 2024 do que em todo o ano passado

Foto: imagem da internet/reprodução

O Acre registrou mais casos do vírus Oropuche nos primeiros 15 dias de 2024 do que em todo ano passado, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde. Apesar do aumento histórico de casos da doença, não há registro de morte em decorrência do vírus. Em 2017, o jornal americano The New York Times alertou sobre o risco iminente de uma epidemia do vírus no Brasil.


De acordo com o boletim das arboviroses da Sesacre, nos 15 primeiros dias de 2024 foram registrados 118 casos. Em todo 2023, houveram 60 notificações.


A febre Oropuche é uma doença infecciosa aguda causada pelo vírus Oropuche. Seus principais vetores são os mosquitos Culicoides paraensis e o Culex quinquefasciatus, conhecidos popularmente como maruim. Equipes do Departamento de Entomologia da Sesacre fazem buscas nos locais e maior incidência da doença para identificar se há um aumento dos insetos vetores.


Os sintomas da Oropuche são semelhantes aos da dengue e chikungunya. A frebre dura de dois a sete dias e os pacientes evoluem bem, sem apresentar sequelas. Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça, dores lombares e nas articulações, mas alguns pacientes apresentam tosse, tontura, dor nos olhos, calafrios, sensibilidade à luz, náuseas e vômito.


Foto: Culicoides paraensis, popularmente conhecido como maruim I Imagem da internet/reprodução

Até agora, a Oropuche foi registrada em 13 municípios do Acre, além da capital, Rio Branco, mas com uma menor incidência na região do Juruá. Registrada pela primeira vez em 1960, não há mortes associadas pela doença, que também não tem um tratamento específico, de acordo com o Ministério da Saúde, mas pacientes infectados devem procurar acompanhamento médico para o tratamento dos sintomas.


O professor de medicina da USP de Ribeirão Preto Luiz Tadeu Moraes Figueiredo, estuda o vírus. Segundo ele, antes, casos de oropouche eram registrados somente em vilarejos da Amazônia. Em artigo, o professor alerta que o vírus adaptou-se aos ambientes urbanos e se aproxima cada vez mais das principais cidades do Brasil. “O oropouche é um vírus que poderia emergir a qualquer momento e causar um grave problema de saúde pública no Brasil”, afirma.


Com informações do G1 e Poder360.


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