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Padre Mássimo sobre intolerância religiosa: “Cristãos eram perseguidos, hoje perseguem”

Por
Whidy Melo

O Boa Conversa desta sexta-feira, 19, trouxe a seus espectadores uma conversa especial com o padre Mássimo Lombardi, que explicou a importância de São Sebastião para a igreja católica, falou sobre tolerância e criticou as autoridades por não encaminhar famílias de área de risco para a Cidade do Povo, no segundo distrito de Rio Branco.


Foto: Whidy Melo/Ac24horas

Padre Mássimo, que coordena o Instituto Ecumênico Fé e Política do Acre, disse que a sociedade precisa discutir as certezas morais e religiosas: “como eu vou virar para uma pessoa gay e exigir que ela goste de outro gênero se ela não consegue? E a respeito das religiões, não deveríamos ter dia do católico, do evangélico, nem de qualquer reunião, porque isso separa as pessoas. Deveríamos fazer uma confraternização da existência da fé”, disse o padre, que revelou que está preocupado com o fundamentalismo dentro das igrejas: “Quando na igreja se diz que um está errado e outro está certo, é uma praga, um estrago geral, ao ponto de nós vermos violências. Os cristãos eram perseguidos por intolerância, hoje os cristãos são quem perseguem, mas a educação é realmente o grande segredo e nisso deve ser investido tudo”, declarou.


Mássimo falou sobre a importância de São Sebastião para igreja católica, que inicia neste fim de semana uma programação especial em memória do soldado romano que virou santo: “Era um homem que não concordava com a violência, mas se apresentava ao imperador disposto a ser martirizado, todo o staff do império ficou impressionado. São Sebastião foi uma das pessoas que não concordava com esse regime do imperador, que era adorado como um deus. Sua devoção se dá porque foi uma pessoa que sofreu, mas sofreu com fé e paciência, e não é só o cristão que admira São Sebastião, religiões de matrizes africanas também o devotam”, explicou o padre.


O padre desenvolve um trabalho religioso e social no bairro Cidade do Povo, no segundo distrito da capital, que vive em disputa por organizações criminosas. Apesar disso, Mássimo garante que nunca viveu qualquer episódio de violência. “Temos dois locais lá que sequer tem muros, nunca nos foi levado nada. Inclusive, não entendo como há mais de 7 mil unidades habitacionais, espaço para construir, não entendo o motivo de gastarem tanto com aluguel social no lugar de abrigar pessoas de locais de risco na Cidade do Povo. É um lugar que tem asfalto, saneamento, escolas, toda uma estrutura”, concluiu.


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