A secretaria estadual de saúde do Acre (Sesacre) divulgou em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, 18, o plano de contingência contra arboviroses no estado – que visa a ampliação de novos leitos de UTI nas unidades de saúde do Acre, diante do aumento de casos de emergências clínicas, acidentes, traumas e pós-cirúrgicos.
De acordo com o secretário de saúde, Pedro Pascoal, o plano é voltado a combater a proliferação do vírus da dengue. Segundo ele, a gestão detectou 670 casos prováveis de dengue, com 37 casos confirmados até o momento.
Com isso, a gestão deverá criar 14 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva. Para a expansão das vagas, a pasta informou que será transferida à UTI Fundhacre para o Instituto de Traumatologia e Ortopedia, desta forma, os 10 leitos adultos existentes serão ampliados para 18. Outra UTI Adulta com seis leitos será instalada na Fundhacre, totalizando a criação de 14 novos leitos de UTI.
“Essa ampliação é uma necessidade pois temos cerca de 40% de pacientes internados de pós-cirurgicos, então, com o aumento de cirurgias eletivas precisamos da retaguarda das UTIs para que os pacientes se recuperem o mais rápido possível”, comentou.
Lançamento do portal da transparência da saúde
Na entrevista, Pedro Pascoal ainda anunciou também que em breve será lançado o portal da transparência da saúde que é o https://observatorio.saude.ac.gov.br/paineis/. “Lá estaremos atualizando todos os dias as taxas de UTI, notificações de doenças para que a população tenha acesso às informações”, declarou.
Fumacê no último caso
Pascoal se adiantou na entrevista para dizer que não há nenhuma medida para o funcionamento do fumacê no Estado. Para o gestor, o método é prejudicial à saúde humana e só será utilizado em último caso. “Fumacê é medida de último caso. Apenas 40% dos mosquitos são acometidos pelo fumacê. Então, ele funciona para o mosquito e não para as larvas*, explicou.
Demais vírus existentes no Acre
O secretário destacou na coletiva que o vírus da Zika não teve nenhuma informação registrada, contudo foram registrados 118 casos de Oropouche, sendo que a Febre Mayaro não teve nenhum registro. “O atual cenário epidemiológico do Acre destaca-se pela presença disseminada do Aedes aegypti em todas as regiões, com alta incidência em vários municípios. A Sesacre, em colaboração com as áreas técnicas do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), elaborou o plano de contingência, envolvendo ações preventivas, profiláticas e assistenciais para lidar com as arboviroses transmitidas pelo vetor”, ressaltou.
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