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Friale descarta possibilidade de enchente de grandes proporções no Acre em 2024

Foto: Jardy Lopes/ac24horas

O pesquisador Davi Friale concedeu uma entrevista ao ac24horas nesta quinta-feira, 11, e descartou a possibilidade de uma enchente de grandes proporções a exemplo do que ocorreu em 2023 e, respectivamente, em 2015.


Segundo o “Mago do Tempo”, não há condições atomística favoráveis à ocorrência de uma catástrofe dessa magnitude. “Olha, até o momento nós não conseguimos detectar nenhuma condição atmosférica favorável à ocorrência de chuvas intensas a ponto de provocar cheias dos rios no Acre igual a de 2023 ou aquela que ocorreu em 2015”, comentou, adiantando, porém, que vai haver chuvas intensas.


“Chuvas intensas ocorrerão sim, porém pontuais, no momento que a gente possa afirmar, nem tão pouco dizer se vai ter ou não vai ter, porém com sete, dez dias antes da ocorrência de uma eventual enchente, nós estaremos avisando sim, mas repito, de grandes proporções nada no momento se pode afirmar. O nosso trabalho é puramente científico e o que nos interessa é dar informações mais precisas para a população, Portanto, não há, no momento, nenhuma condição atmosférica nem oceânica favorável à ocorrência de eventos que possam causar cheias de grandes proporções aqui em Rio Branco e nos demais municípios do Acre” explicou.


Friale também opinou sobre um estudo do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, que revelou que Rio Branco figurou entre as dez capitais mais quentes do Brasil no ano de 2023, para ele, a cidade teve altas temperaturas, mas, não supera as altas temperaturas registradas há 100 anos atrás, por volta de 1920.


“Olha, há 100 anos, ou seja, na década de 1920, nós tivemos registrado em todo o mundo, inclusive aqui no Brasil, as maiores temperaturas até hoje. É só você consultar o The New York Times, a Folha de São Paulo, que já existia nessa época, e mostra o quão quente estava o mundo há 100 anos, na década de 1920. Agora, tivemos, sim, temperaturas altas, mas não ultrapassaram as registradas na década de 1920, quando nos Estados Unidos chegou a 56° graus e meio, a temperatura oficial, em Santa Catarina, chegou a 44° graus”, explicou.


O pesquisador destacou que a década está sendo quente, contudo, afirmou que em outros estados a temperatura esteve mais elevada. De acordo com o pesquisador, a temperatura não ultrapassou os 39° graus. “Está sendo uma década quente, sim, e 2023, realmente aqui no Acre, nós registramos temperaturas as mais altas desde que se tem registro, porém, não tanto quanto nos outros estados. Tanto que aqui em Rio Branco não passou de 38° e 39°”, disse.


Friale contou que em 2023 houve problemas na estação meteorológica, onde marcou números acima da média. “O que acontece é que até por volta do mês de setembro, uma estação meteorológica, aqui em Rio Branco, estava com defeito, e ela marcava cerca de 3, 4 graus acima do real. Isso, possivelmente devido às condições do local, do abrigo do termômetro, felizmente essa estação foi desativada. Então, essa marcação, esse registro errado, fez com que a média ficasse mais alta, porém não é real. Então nós temos que observar se os dados estão corretos”, justificou.


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