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Moradores do entorno do Igarapé São Francisco começam a subir móveis e deixar suas casas

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Whidy Melo

Moradores do entorno do Igarapé São Francisco, em Rio Branco, começam no fim da tarde desta quinta-feira (4) a fazer vigílias para observar o nível das águas, preparando seus pertences e retirando as pessoas com dificuldade de locomoção. Nas últimas horas, o nível dos igarapés na capital tem preocupado autoridades.


Francisco Bernardo de Souza, 67 anos, é cadeirante e mora no Beco do José Sampaio, no bairro Casa Nova. O aposentado disse que já está de saída da sua casa. “Minha velha e minha neta vão ficar, mas eu que tenho problema para andar vou para casa da minha filha, no Tucumã. Se chover hoje como choveu ontem… ave Maria, vai encher”.  Ele conta que em março de 2023, a água cobriu sua casa, o que aumenta o temor da tragédia se repetir.


Socorro Silva, moradora da travessa da Amizade, falou que naquela rua, que beira o Igarapé São Francisco, ninguém vai dormir esta noite. “Ano passado não teve jeito, eu atrepei as coisas às pressas, mas a água cobriu a casa e eu perdi tudo, fiquei quase um mês abrigada em uma escola. Olhando o igarapé, subiu muito de ontem pra hoje e para completar meu terreno começou a se quebrar. Hoje ninguém aqui na rua dorme, olhando a água. Já vou começar a subir minhas coisas e pensar em um lugar pra onde ir, mas tá difícil porque não tem dinheiro pra aluguel”, disse.


Seu José Ribamar é morador da travessa da Amizade há mais de 40 anos e foi vítima, com a família, de todas as enxurradas anteriores do São Francisco, o que fez com que a família se antecipasse e subisse todos os móveis da casa. “Agora é ficar de olho, porque quando a gente olha a água já está em cima. Todo ano eu subo as coisas. Há um mês comprei um armário para substituir o que perdemos no ano passado, já pedi pra alguém vir desmontar pra guardar para não perder de novo”, afirmou.


A casa de José Ribamar é a primeira a alagar em caso de transbordamento no São Francisco I Whidy Melo/ac24horas

O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, disse nesta quinta-feira, que em áreas de risco e mais suscetíveis a enxurradas, como em regiões que beiram o igarapé São Francisco, moradores de áreas de risco já podem se antecipar e deixar suas residências.


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Whidy Melo

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