A quarta capital mais antiga do norte brasileiro, após Belém, no Pará, Manaus, no Amazonas, e Macapá, Amapá, o povoamento da região onde nasceu Rio Branco, hoje chamada de a “capital seringueira”, se deu no fim do século XIX, com a chegada de nordestinos que aqui vieram em busca de melhores condições de vida por meio da extração do “ouro negro”, a borracha.
O desenvolvimento da futura capital do Acre se deu exatamente a partir desse viés econômico, mas para cá também vieram e contribuíram intensamente para a formação do que hoje é Rio Branco os espanhóis, portugueses, libaneses, italianos e turcos, entre outros povos, que aqui formaram, com nordestinos de ascendência portuguesa, afro-brasileiros e índios, a extensa miscigenação que possuímos.
Segundo os registros históricos, o povoado teve seu surgimento a partir da implantação de um seringal, o Volta da Empreza, fundado pelo cearense Neutel Maia, em 28 de dezembro de 1882. Nesse local, até então ocupado pelas tribos indígenas Aquiris, Canamaris e Maneteris, foram construídos barracões. Mais tarde, foram abertos outros seringais na região.
O território esteve no centro das batalhas entre os revolucionários acreanos e as tropas regulares bolivianas, no conflito que foi chamado de Revolução Acreana. A disputa fez com que o Acre fosse incorporado pelo Brasil, no começo do século XX, pelas vias diplomáticas.
Ao povoado, surgido nas redondezas do seringal Volta da Empreza, foi dado o nome de Vila Rio Branco, no dia 22 de agosto de 1904. O local converteu-se no maior e mais produtivo centro urbano da região. A primeira rua de Rio Branco foi construída a partir de uma árvore que existia no local, e que até hoje perdura.
Em 1882, o seringueiro Neutel Maia se encantou pela árvore da espécie Gameleira e lá se instalou. Hoje, o local se chama Calçadão da Gameleira, e foi tombado em 1981 como monumento histórico. A Gameleira tornou-se, dessa forma, um símbolo da cidade, quando ela ainda era apenas um seringal.
Atualmente, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rio Branco tem 364.756 habitantes, com uma densidade demográfica de 41,28 hab/km². Administrada pelo prefeito Tião Bocalom, Rio Branco chega aos 141 anos de criação com muitos problemas e desafios a serem enfrentados tanto em âmbito municipal quanto estadual.
Uma das principais preocupações da atualidade para a população de Rio Branco é de cunho ambiental. Devido aos altos índices de devastação florestal, em 9 de novembro de 2023, o município de Rio Branco foi incluído na relação de municípios situados no bioma Amazônia considerados prioritários pelo governo federal para ações de prevenção, controle e redução dos desmatamentos e degradação florestal.