O Fluminense de Fernando Diniz não conseguiu se agigantar diante do Manchester City de Pep Guardiola, foi goleado pelos ingleses por 4 a 0 na Arábia Saudita e adiou o sonho de vencer o Mundial de Clubes. Álvarez — duas vezes —, Nino (contra) e Foden foram os autores dos gols.
O título é o 11° seguido de um europeu no torneio. O Corinthians de Tite, em 2012, foi o último vencedor sul-americano ao superar o Chelsea. Desde então, Atlético-MG, Grêmio, Flamengo e Palmeiras representaram o futebol brasileiro antes do Flu nesta temporada.
Pep Guardiola chegou ao tetracampeonato mundial. O técnico espanhol já havia faturado a competição com o Barcelona (duas vezes) e com o Bayern de Munique (uma vez).
O campeão City garantiu US$ 5 milhões (cerca de R$ 24,3 milhões). O clube carioca, por outro lado, ficou com com US$ 4 milhões (R$ 19,5 milhões) de premiação da Fifa.
A partida começou, basicamente, com 1 a 0 para o City, que marcou aos 40 segundos e que, mesmo dominado por alguns minutos, ampliou com gol contra de Nino. O Fluminense não mudou a estratégia “dinizista” e tentou reagir com um elétrico Arias, que foi o principal elemento de perigo ao gol inglês até o intervalo.
Na etapa final, os ingleses dominaram um já desgastado elenco brasileiro e não tiveram dificuldade para agredir o adversário. Em meio às substituições frustradas de Diniz, Foden completou cruzamento no terceiro gol, e Álvarez transformou a vitória em goleada pouco antes dos 45 minutos.
Apito inicial e gol aos 40 segundos. O City não precisou de muito para abrir o placar — na verdade, de quase nada. Após lateral no campo de defesa, Marcelo rifou a bola e presenteou Aké, que bateu de fora da área e carimbou a trave de Fábio. No rebote, Álvarez, livre, empurrou a bola de peito para as redes brasileiras: 1 a 0.
Dinizismo, sempre. O gol não mudou o estilo do Fluminense, que seguiu à risca sua filosofia de sair tocando a bola do campo de defesa mesmo pressionado. Em duas ocasiões, os ingleses apertaram e dificultaram, mas o Tricolor chegou a ficar mais de dois minutos com a posse pouco tempo depois.
Pênalti? Impedimento… Melhor no jogo, o time de Diniz deixou o City na roda e, por pouco, não teve chance clara de igualar o marcador. Após erro forçado europeu, Ganso deu lindo lançamento para Cano, que saiu na cara de Ederson e foi derrubado pelo goleiro dentro da área. A arbitragem, no entanto, assinalou impedimento — confirmado pelo VAR rapidamente.
Eficiente, City amplia. A intensidade colocada pelos dois times nos primeiros 15 minutos deu lugar a um ritmo menos frenético, fato que premiou um eficaz City: em jogada trabalhada pela esquerda, Rodri acionou Foden, que invadiu a área e bateu cruzado. Nino tentou cortar o cruzamento, mas acabou “matando” Fábio e viu a bola parar dentro da meta brasileira: 2 a 0.
Força das arquibancadas e Arias elétrico. A parada técnica serviu para que a torcida do Fluminense tomasse de vez o King Abdullah em apoio aos jogadores. O tradicional grito “time de guerreiros” antecedeu a jogada mais perigosa carioca antes do intervalo: Arias, em escanteio cobrado por Marcelo, obrigou Ederson a fazer grande defesa em cabeceio. O meia, aliás, foi o principal nome de sua equipe antes do intervalo.
Fábio brilha. O goleiro do Fluminense precisou trabalhar nos primeiros minutos do 2° tempo, quando Foden assustou em chute da ponta esquerda — no rebote, Bernardo Silva protagonizou um movimento parecido ao de Álvarez com 40 segundos, mas também parou no rival.
Domínio europeu. Os comandados de Pep Guardiola passaram a controlar a partida e, mesmo sem grandes sustos, impediram as principais investidas brasileiras. A solução de Diniz, que já havia acionado John Kennedy, foi mexer três vezes em uma pausa só: os medalhões Felipe Melo, Marcelo e Ganso deram lugar a Alexsander, Diogo Barbosa e Lima. Com a alteração, André recuou para a zaga.
Foden, agora sim, marca — e Álvarez nocauteia. Os ingleses balançaram as redes novamente aos 26 minutos com direito a falha de Samuel Xavier, que não conseguiu afastar a bola em cabeçada no campo de defesa. Resultado? O lance caiu em Kovacic e acabou com carrinho de Foden já na pequena área: 3 a 0. O City fechou o placar já perto dos 45 minutos novamente com Álvarez, que limpou André dentro da área e superou Fábio com requintes de crueldade: 4 a 0 e apito final do polonês Szymon Marciniak.
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