Advogado nega que homens presos no Centro, trabalhando como vigilantes, sejam bandidos

O advogado Romano Gouveia, que defende os dois homens que foram presos na noite do último dia 12 usando uniformes e trabalhando como vigilantes na zona central da capital, afirma que ambos não são bandidos e nem têm nenhuma ligação com qualquer organização criminosa.

Conforme o criminalista, Emerson da Silva Tavares e Marcelo Santos são do bem e trabalham há mais de cinco anos fazendo segurança no calçadão. Prova disso é que, segundo o advogado, vários lojistas irão prestar depoimento em favor da dupla.

“Estão banalizando o crime de organização criminosa, colocando duas pessoas inocentes em crime hediondo”, comentou Gouveia.

Os dois foram presos quando policiais militares ao abordaram usando uniformes de vigilantes, sendo que um deles portava arma de forma ilegal. Interrogados, eles teriam afirmado que eram pagos por uma organização criminosa para fazer segurança de lojas no local.

Eles foram presos em flagrante e um deles foi liberado durante a audiência de custódia. O outro ficou preso por não ter dinheiro para pagar a fiança estipulada em cinco salários-mínimos.

Na audiência de custódia, no Fórum Criminal, eles teriam confirmado o depoimento, o que fez com que o promotor de Justiça Rodrigo Curtis enviasse documento à Delegacia de Repressão ao Crime Organizado e ao GAECO, do Ministério Público, para que investigassem o caso. É que já existe investigação que prova que comerciantes do local pagam taxa de segurança para o crime organizado.

Romano Gouveia, que vai recorrer da decisão, disse que tem em seu poder vinte declarações com as assinaturas de lojistas, que comprovam que Emerson da Silva Tavares e Marcelo dos Santos, são vigilantes da região.

“Agora querem colocá-los como membros de organização criminosa. Isso é uma injustiça que será devidamente reparada na instrução processual”, concluiu o advogado.