Avançaríamos muito na produção da prova, ajudando o Estado a também proteger os policiais de muitas acusações
Luciano Fonseca
A Polícia Militar do Acre já fez duas experiências piloto com uso das “câmeras corporais”. Equipes do grupamento Giro e do 1º Batalhão da Polícia Militar testaram o equipamento e o método de trabalho. As dificuldades relacionadas ao suporte foram muitas. A maior parte relacionada à “comunicação” entre o militar em operação na rua com o suporte tecnológico necessário para receber essas imagens com qualidade de áudio e vídeo.
Falando de forma mais comum: a qualidade da internet no Acre não ajuda a implementação do programa das “câmeras corporais”. Por isso, o comando da PM do Acre estuda buscar alternativas. “Estamos testando também a internet starlink, investindo na capacidade de armazenamento”, antecipa o comandante da Polícia Militar do Acre, coronel Luciano Fonseca.
Dito assim, não comunica muito. Mas traduzindo o que disse o comandante: “internet starlink” é uma internet via satélite de baixa órbita da empresa Tesla, do empresário Elon Musk. É preciso saber exatamente qual será o suporte que esta empresa irá oferecer porque o compromisso que ela estabeleceu com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro na área da Educação foi um fiasco.
“Dockstation” _ Os soldados e oficiais envolvidos com o programa piloto aqui no Acre rapidamente adequaram a palavra inglesa “Dockstation” para simplesmente “doca”: o lugar de armazenamento das imagens quando os policiais voltam das ruas.
Na prática, foram relatadas formalmente as “anomalias” do processo durante o projeto piloto. “A bodycam apresentou falhas de conexão (sem conexão com o 4G)”, diz o relatório a que o ac24horas teve acesso. Esse material fica armazenado na “nuvem digital”. “Nessa conjuntura, a guarnição teve que retornar à base do 1º Batalhão da Polícia Militar para cautelar outro dispositivo”, lembra o documento.
Pelo relatório da experiência piloto, as câmeras usadas não têm autonomia de 12 horas de uso (que é o tempo de um período de serviço de um policial na rua). Foram vários relatos de soldados cujas câmeras “apagaram” quando a escala de trabalho ainda não havia terminado. E com um detalhe: as câmeras não ficaram ligadas ininterruptamente e, mesmo assim, as baterias não foram capazes de suportar até o fim da escala de trabalho dos policiais. Na média, as baterias duravam sete horas de serviço.
Foi operada uma mudança no sistema. A partir desta mudança, as baterias das câmeras suportaram a carga de trabalho. A reação foi excelente: os equipamentos passaram a não gastar nem sequer 15% da energia.
Caso de menino agredido por policial no Jorge Lavocat: cena foi gravada por morador da comunidade. Uso das “câmeras corporais” diminuiu “uso da força”
Não podemos nos permitir fazer um debate burro
Eduardo Ribeiro
– Queda na letalidade policial
– Queda nas ocorrências de abuso de autoridade/ uso da força
– Garantia de melhoria da qualidade das provas
Aumento de registros de ocorrências (drogas, armas e violência doméstica)
– Melhora na capacidade de supervisão
Diminuição da força de trabalho
Jornalista, apresentador do programa de rádio na web Jirau, do programa Gazeta em Manchete, na TV Gazeta, e redator do site ac24horas.
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