O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, decretou situação de emergência devido ao cenário de extrema seca em Porto Velho, registrado desde o mês de agosto. O Decreto nº 16.614 aponta que o regime de chuvas no primeiro semestre deste ano foi inferior à média, e as chuvas esperadas para o segundo semestre estão abaixo da expectativa.
Apesar das chuvas e tempestades comuns durante o período do inverno amazônico, o documento destaca que o fenômeno El Niño mantém a irregularidade das chuvas e está prolongando o período de seca na região, fazendo com que a previsão para 2024 seja de uma seca similar ou ainda mais rigorosa do que a registrada este ano em Porto Velho.
Elias Ribeiro de Barros, coordenador de Proteção e Defesa Civil, aponta que, segundo as previsões climáticas da Agência Nacional de Águas (ANA) e Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipan), é de que o período de seca se estenda até abril de 2024.
“Em 2023 nós fomos surpreendidos por um período prolongado de seca, e esse período prolongado ocasionou a diminuição do volume de água no lençol freático. Diante dessa situação, nós publicamos um decreto de situação de alerta. Depois nós intensificamos a situação e mudamos para um decreto de situação de emergência. Nós temos um risco de termos uma seca em 2024 tão intensa ou até mais do que a que aconteceu em 2023, então já estamos nos preparando desde agora, e esse novo decreto já avisa uma situação prevista para o próximo ano”, explica.
A navegação noturna, que havia sido interrompida devido ao risco de acidentes, teve sua autorização retomada devido ao nível de normalidade no rio Madeira. O órgão destacou que segue monitorando o rio, especialmente nas regiões que oferecem maior risco para as embarcações.
Água
Uma das medidas adotadas pela Defesa Civil durante o período de estiagem foi a distribuição de mais de 1.200 fardos de água mineral e hipoclorito de sódio às comunidades ribeirinhas localizadas às margens do rio Madeira. Localidades como São Miguel, Mutuns, Pau d’Arco e Bom Jardim, Terra Firme, Ressaca, Boa Vitória e Papagaio foram contempladas. A previsão é que as entregas continuem nesta primeira quinzena de dezembro, nas comunidades de Silveira e Marmelo.
O coordenador reforça que o órgão segue à disposição da comunidade para atendimento em casos de emergência. “Diante de toda a situação, é importante ressaltar que a população ainda tem o acesso às equipes da Defesa Civil. Precisamos desse contato, que continue nos informando como é que está nas suas comunidades, comunicando situações de emergência, de escassez, principalmente relacionada à água, pois nós continuamos à disposição”, finalizou.
Por Rondoniagora.com.
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