A denúncia e o pedido do afastamento protocolada pela Procuradoria-Geral da República contra o governador Gladson Cameli, no âmbito da operação Ptolomeu, cujas investigações completam dois anos neste mês de dezembro, repercutiram na sessão desta terça-feira, 5, na Assembleia Legislativa. Responsável por trazer o caso a tona, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) lembrou que na quinta-feira passada acompanhou o noticiário nacional sobre a Operação da Polícia Federal, em que a PGR pede o afastamento do governador.
“Apareceram donos de muitas receitas, dizendo que estão requentando temas antigos para encobrir a novidade do processo”, relatou o líder da oposição, afirmando que existe um excesso de provas no caso. “O que não se pode esconder, abafando o debate, são os fatos. Pode um governador contratar os serviços da empresa de um irmão?”, questionou o comunista discorrendo sobre os caminhos dos pagamentos efetuados pelo governo do Estado. “O que se faz questão de esconder é que o primeiro contrato do primeiro ano de governo foi uma fraude, foi para fazer um esquema de corrupção”, disse.
“A prática não terminou nem no primeiro ano do segundo mandato de Gladson Cameli e é por isso que pedem seu afastamento. Hoje em dia não se consegue receber algum pagamento do governo sem conversar com muita gente. As disputas dos bastidores pelo novo poder que pode surgir com o afastamento de Gladson já começou e é intensa”, diz Edvaldo.
Primeiro a defender o governador, o deputado Afonso Fernandes (PL) afirmou que é preciso fazer uma reflexão sobre o que disse o colega Edvaldo Magalhães acerca da Operação Ptolomeu e assim como no carnaval as escolas apresentam seus sambas-enredo e não seria diferente que ele deixasse passar em branco o movimento da PGR.
“Edvaldo muito habilidoso em transformar esse enredo em peça teatral. Nós sabemos que não há nada de novo e esse pedido já esteve três vezes na mesa da ministra”, disse Fernandes, contrapondo ao colega. Segundo ele, o governador Gladson Cameli nunca foi ouvido e isso sim é a novidade na nova etapa do processo, que é o depoimento dos acusados. Para Fernandes, é bom que se diga que o Poder Legislativo não é um tribunal de inquisição e que os temas tem de discutidos com coerência e tranquilidade. “Não vamos criar chifre em cabeça de cavalo”.
Outro parlamentar da base que se manifestou favorável ao Palácio Rio Branco, foi Eduardo Ribeiro (PSD), reforçando que “o governador nem réu é”, enfatizando que ainda falta a Ministra do Superior Tribunal de Justiça decidir se aceita ou não a denúncia da Procuradoria-Geral de Justiça. “O prolongamento tem causado problemas no Estado. Os fatos apresentados não são novos e temos que ter prudência para aguardar a luz que a Justiça trará à verdade dos fatos”, frisou Ribeiro.
O deputado Pedro Longo (PDT) afirmou que é bom que se vive em País em que valem várias narrativas ou caso o presidente Lula, por exemplo, estaria preso ainda. Longo se refere ao discurso de Edvaldo Magalhães sobre a Operação Ptolomeu. “Se a denúncia for aceita, ainda não o foi, aí inicia a fase processual”, disse ele, que é juiz aposentado.
Para Longo, não há fundamento no pedido de afastamento do governador Gladson Cameli porque os fatos não são contemporâneos. “Quero dizer que tenho confiança muito grande na Justiça”, disse, lembrando que no início se falava em desvios em R$ 830 milhões, algo que faria o estado quebrar. “Agora se fala em R$10 milhões”.
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