Com a perspectiva de votação de projetos que favorecem o meio ambiente na chamada “semana verde” do Congresso Nacional, o principal auditório da Câmara, o Auditório Nereu Ramos, foi palco para a encenação da peça Vozes da Floresta, dirigida e encenada pela atriz e diretora Lucélia Santos, com texto da jornalista e antropóloga Zezé Weiss.
A obra é uma homenagem ao líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em Xapuri, no Acre, em 1988. O texto trata de Chico Mendes sob a visão da seringueira e sua contemporânea Valdiza Alencar, que atuou para a fundação do sindicato dos seringueiros. E também na representação de Cecília Mendes, uma matriarca da região dos seringais de Xapuri.
A peça intercala atuação de Lucélia ao lado do ator Francisco Carvalho, renomado e com trabalhos em especiais e novelas, com vídeos com trechos de gravações de falas do principal líder seringueiro do Acre. Trechos inéditos de entrevistas de 34 anos atrás são exibidos.
Nos diálogos, muitas críticas aos fazendeiros invasores das terras, tratados como os “paulistas”. O fio condutor da peça é o movimento de resistência dos seringueiros acreanos.
Vozes da Floresta foi encenada na Câmara por uma iniciativa do deputado Glauber Braga (PSol-RJ), por intermédio da Comissão de Legislação Participativa.
A publicação original é do jornal Correio Braziliense.
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