Evento aguardado com grande expectativa por diversos setores da economia, especialmente aqueles ligados a produtos da Floresta Amazônica, o lançamento do programa Exporta Mais Amazônia, pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e parceiros, será neste sábado, às 9 horas, na sede do Sebrae/Acre.
De acordo com as exposições da Apex sobre o programa, o Exporta Mais Amazônia busca fomentar as exportações de setores compatíveis com a floresta e inclui ações como instituições parceiras, busca de soluções para corrigir entraves à exportação de setores econômicos da Amazônia e organização de estandes em feiras internacionais.
Além de um painel de alto nível com especialistas em economia amazônica e mercado internacional, como Salo Coslovsky (Amazônia 2030) e Rodrigo Mattos (Euromonitor International), também haverá a fala de empresas locais, que apresentarão suas experiências com exportações e rodadas de negócios com compradores internacionais. Será apresentado no evento o edital da Mesa Executiva de Exportação de Castanha-do-brasil.
O evento se estenderá entre os dias 25 e 29 de novembro, em Rio Branco, mas com agendas fora da capital, como é o caso de Xapuri, onde um grupo de 34 investidores visitará uma propriedade na Reserva Extrativista Chico Mendes, para conhecer os processos de exploração de produtos extrativistas como a castanha e o látex, entre outros.
O Seminário de lançamento contará com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e do presidente da ApexBrasil, Jorge Viana. Também estarão presentes parlamentares e representantes de entidades parceiras. De acordo com Jorge Viana, a inauguração do programa vai ao encontro de um dos objetivos da Agência, que é descentralizar as exportações brasileiras, estimulando a região Norte, que hoje corresponde a apenas 8,5% do total exportado pelo país.
“Esse Programa busca aproximar o empresariado amazônico dos mercados internacionais, organizando o setor produtivo em torno de desafios comuns e trazendo os compradores do mundo todo para conhecer o potencial dos produtos da floresta, que apresentam alto valor agregado”, explica Viana.
Nos dias 27 e 28, serão realizadas as rodadas de negócios, em que empresas dos setores de açaí, cacau & chocolate, castanha do Brasil, peixes amazônicos, carnes bovina, suína e de frango terão a oportunidade de apresentar sua oferta exportadora para 20 compradores internacionais, de 16 nacionalidades diferentes.
No último dia de agenda, os importadores participarão de visitas técnicas a centros de produção locais nos arredores de Rio Branco. Dentre os destinos a serem visitados, está a sede da Cooperacre, que reúne extrativistas de açaí e castanha-do-brasil, a Ligeirinho Agroindústria, que trabalha com chocolate, e a Fazenda de José Ivan Barbosa de Souza, que realiza manejo de pescado amazônico.
De acordo com a Apex, os produtos compatíveis com a floresta Amazônica, como cacau, pimenta-do-reino, açaí e castanha-do-brasil, representam um mercado de cerca de US$ 200 bilhões no mundo. No entanto, apesar de abrigar 30% das florestas tropicais do planeta, a região Norte contribui com menos de 0,2% das exportações globais desses bens.
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