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Mãe denuncia descaso ao não conseguir atendimento para a filha com dores

Adália Gadelha denunciou ao ac24horas o que considera um completo descaso no atendimento do Pronto-Socorro de Rio Branco.


Adália conta que por volta das 22 horas de ontem, foi até o PS em busca de atendimento para a filha, Layza Santos, de 16 anos, que começou a sentir fortes dores após entrar um objeto estranho no ouvido da adolescente.


Conforme Adália, a jovem não foi atendida porque não havia um especialista no local, mesmo tendo um otorrinolaringologista de sobreaviso. “Levei minha filha na UPA com um corpo estranho no ouvido, foi bem atendida pelos profissionais, mas não conseguiram solucionar o problema por falta otoscópio. Ela foi encaminhada para o PS com muita dor e o profissional da triagem informou que o médico plantonista só ia está no PS, que é o local de trabalho dele, às 8 horas do dia seguinte”, afirma Adália.


Inconformada, com a filha sem atendimento e sentindo dores, Adália voltou para casa. Ao retornar, a hora que foi orientada, para o PS na manhã desta sexta-feira, 24, uma nova surpresa. “Quando cheguei na hora que mandaram, apenas me disseram que o médico já tinha vindo mais cedo, já tinha atendido os pacientes e tinha ido embora. Me disseram ainda que nem o clínico geral ia atender minha filha, Isso é uma vergonha.”, afirma.


A reportagem procurou a direção do Pronto-Socorro. Daniel Oliveira, diretor de Assistência da unidade de saúde, confirmou que o médico não permanece durante todo o expediente no PS, já que cumpre apenas escala de sobreaviso e não de plantão. “O médico vem às 8, às 14 e às 20 horas, quando atende os pacientes e hoje, essa mãe chegou com a filha depois das 9 horas e realmente o otorrino já tinha avaliado os pacientes que estavam aguardando.”, diz.


Questionado se o médico de sobreaviso não precisa ir até a unidade quando um paciente, Daniel explica que só em casos de emergência, o que não seria o caso de Layza. “Quando há uma emergência que não pode ser atendida por um clínico, o especialista vai até o PS, mas apenas em casos mais graves”, afirma.


Layza só conseguiu atendimento com um clínico geral e ser medicada após o contato da reportagem com a direção do Pronto-Socorro.


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