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PIB do Acre cresce 6,7% e tem 5º maior crescimento do país e atinge R$ 21,3 bilhões

O IBGE publicou no dia 17/11/2023 o resultado do Sistema de Contas Regionais: Brasil 2021. O Projeto de Contas Regionais é uma parceria do IBGE com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA. No caso do Acre a parceria é com a Secretaria de Planejamento do Estado.


Pelos dados publicados, em 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil atingiu R$ 9 trilhões, com aumento de 4,8% em volume, após a queda observada em 2020, motivada sobretudo pelos efeitos da pandemia de COVID-19. Todas as 27 Unidades da Federação apresentaram crescimento em volume do PIB: o Rio Grande do Sul registrou a maior variação, 9,3%, seguido por Tocantins, 9,2%, e Roraima, 8,4%. A Região Norte apresentou aumento de 5,2%, apenas em Rondônia (4,7%) e no Pará (4,0%), o resultado foi inferior à média nacional. 


Com 6,7%, o Acre teve o quinto maior crescimento do país. Apesar do expressivo crescimento, o PIB do Acre permaneceu com a mesma representatividade em relação ao PIB do Brasil, com 0,2%. Os números do Acre foram os seguintes:


Valor corrente do PIB – 21,374 bilhões de Reais


Participação percentual do Acre no PIB do Brasil ano anterior (2020) – 0,2%


Participação percentual do Acre no PIB do Brasil posição no ano corrente (2021) – 0,2%


Posição relativa do Acre da variação em volume – 5ª posição


Variação em volume – 6,7%


Na análise de posição relativa, em termos de participação no PIB, seis Unidades da Federação trocaram de posição entre 2020 e 2021, um deles foi o Acre que subiu uma posição, para a 25ª enquanto o Amapá caiu para a 26ª.


Agropecuária do Acre cresceu 34% de 2020 para 2021 e lidera o crescimento dos setores da economia


A Variação em volume do Valor Adicionado Bruto (%) no Acre, que corresponde ao valor que cada setor da economia (agropecuária, indústria e serviços) acresce ao valor final de tudo que foi produzido no estado, foram os seguintes: o Valor Adicionado Bruto Total cresceu 6,8% chegando a 15,803 bilhões de reais. A agropecuária cresceu 34,0% e atingiu R$ 1,32 bilhão. A indústria (incluindo a construção) cresceu 9,3% e atingiu R$ 1,30 bilhão. Finalmente, o setor de serviços (incluindo os serviços públicos) que cresceu 4,4% atingindo R$ 13,18 bilhões. Na tabela a seguir destaca-se a variação percentual de todos os setores da atividade econômica do Acre.



Apesar do crescimento de 34% o tamanho da Agropecuária na economia acreana ficou em 8,3%


No gráfico a seguir, destaca-se o tamanho dos setores na economia acreana. Percebe-se que os serviços públicos contribuíram com 39,3% na formação do PIB em 2021. A soma dos demais setores (privados), incluindo o comércio, alcançou 60,7%.



Entre 2002 e 2021 o Acre obteve a oitava maior variação acumulada dentre os estados


De 2002 a 2021, o PIB em volume do Brasil apresentou crescimento médio de 2,1% ao ano (a.a.). Tocantins registrou o maior destaque entre as 27 Unidades da Federação, com variação média de 4,7% a.a. O Acre nesse ranking obteve o oitavo maior crescimento com 3,2% a.a., crescendo 82,6% no período. No gráfico a seguir destacam-se os oito estados mais bem ranqueados nas variáveis analisadas.



Em 2021 o PIB per capita do Acre foi de R$ 23.569,31 


O PIB per capita do Brasil, em 2021, foi R$ 42.247,52, o que representou um aumento de 17,6% em valor em relação a 2020 (R$ 35.935,74). O Acre ocupou a 17ª colocação, entre as Unidades da Federação, e representou 0,6 do valor nacional, mesma posição e razão de 2002, início da série. 


O setor de serviços continuará a ser o maior impulsionador da economia acreana devido às características do setor e a grande participação dos serviços públicos. A indústria, que inclui a construção, precisa ser estimulada para obter uma maior participação na economia estadual. Pelas projeções de crescimento da pecuária bovina, da soja, do café e da extração de castanha e da madeira, espera-se que a agropecuária possa ocupar um espaço maior nos números da economia acreana nos próximos números do PIB.



Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas