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Alface, batata e cebola puxam alta de frutas e verduras no mercado atacadista em Rio Branco

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A maioria das frutas e hortaliças mais comercializadas nos principais mercados atacadistas registrou alta nos preços. A elevação verificada no último mês em comparação a setembro é reflexo das condições climáticas ou do deslocamento da região fornecedora dos produtos. Na Ceasa de Rio Branco, por exemplo, a alface subiu 5,63% e a batata aumentou 60% e — mas nada comparado à cebola, cujo preço elevou-se a 82,95%.


O preço do tomate está 20,67% mais alto, mas a banana, que tem peso significativo inclusive no PIB agrícola, caiu 27,24%. Porém, a comercialização dessa fruta também despencou: -31,7%.


É o que mostra o 11º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta terça-feira (21) pela Companhia Nacional de Abastecimento.

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Dentre as hortaliças, o maior aumento na média ponderada ficou para a cebola com acréscimo de 40,63%. Os preços ficaram elevados em todas as Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas pela estatal. Em final de safra, a produção do Centro-Oeste e de Minas Gerais vem tendo boa qualidade, porém em quantidades decrescentes, o que provoca alta de preço.


O mesmo pode-se afirmar sobre a produção da região Sul. Ainda incipiente para suprir o mercado e satisfazer a demanda, os preços também estão em alta, ainda mais com chuvas pontuais que dificultam a colheita. Além da questão da oferta, essa troca de mercado fornecedor normalmente provoca alta de preço pela mudança nos custos operacionais e logísticos colocados no mercado.


Para a batata, a safra de inverno, a partir de agora, começa a se retirar do abastecimento nacional e há a entrada da safra das águas, com o aumento da participação da região Sul no fornecimento do tubérculo. Até o momento o plantio no sul do país aparentemente transcorre de forma normal. Mas, as chuvas ocorridas na região podem ter atrasado o plantio do produto, o que provoca o adiamento da intensificação da colheita e, consequentemente, do pico de safra. Já no caso da alface, a alta de preços na média ponderada de 28,32% é explicada pelas elevadas temperaturas, que aumentam a demanda da folhosa, pressionando a alta nas cotações praticadas.


Aliado a maior procura pela hortaliça, as chuvas pontuais nas regiões produtoras, prejudicando a colheita e reduzindo os envios aos mercados. “Nesse início de novembro, a tendência de preço da alface aponta para novo aumento no mês. As condições para pressão de alta nos preços continuam a aparecer no mercado”, avalia a gerente de Produtos Hortigranjeiros da Companhia, Juliana Torres.


O calor registrado também teve influência na demanda pela laranja em outubro, enquanto que a oferta pela fruta registrou diminuição. “Esse comportamento de alta para a fruta é verificado de forma consistente desde agosto, uma vez que há um menor direcionamento por parte dos produtores das laranjas, pera ao mercado de mesa e seu maior encaminhamento à indústria”, explica a gerente da Companhia.


O panorama de alta da demanda e menor volume ofertado no mercado também foi verificado para a melancia. A quantidade reduzida do produto ocorreu, principalmente, por causa do fim da safra no norte goiano, notadamente no entorno da região do município de Ceres (GO) e no meio-oeste do Tocantins. Já o comportamento da demanda, em meio ao descenso da oferta, também contribuiu para o resultado de alta de preços na média, por conta do calor.


Para o mamão, foi registrada boa oferta do papaya nos centros atacadistas. No entanto, a baixa oferta da variedade formosa, que ocorre faz alguns meses, ajudou a estimular o aumento de preço do papaya, em um contexto de razoável demanda na maior parte do mês. No caso da maçã, o fim dos estoques em diversas câmaras frias trouxe um fator de alta nos preços. Porém, pela concorrência com as frutas de fim de ano que começaram a entrar no mercado, como pêssego e nectarina, além da elevação das importações e a demanda não muito forte no decorrer do mês, diminuíram o poder das companhias classificadoras no que tange a ditarem preços para o atacado e, por consequência, para o varejo.


No movimento contrário aos demais produtos, as cotações para o tomate ficaram mais baixas em outubro quando comparado com setembro. Essa queda pode ser explicada pela maior oferta verificada na maioria das Ceasas, provocada pela maturação do fruto acelerado, com as altas temperaturas nas áreas produtoras.


“No começo de novembro, os preços não têm movimento definido ainda. Pode estar ocorrendo em algumas áreas produtoras a falta do produto pronto para ser colhido, impactando negativamente na oferta, uma vez que ela foi abundante em outubro”, pondera Torres. Outra redução verificada foi para a cenoura, influenciado pelo aumento pulverizado da oferta da raiz, que aliviou a pressão sobre os preços regionais.


No caso das frutas, o mercado atacadista de banana registrou queda nas cotações, sobretudo devido à conjugação de chuvas e calor (que acelerou o amadurecimento) em diversas zonas produtoras da variedade prata. Já a nanica apresentou baixa produção, o que não refletiu nos preços praticados, influenciada pela redução verificada na prata.


“É necessário lembrar que, no fim do mês, ocorreram fortes chuvas na região produtora paulista, o que resultou em alagamento de bananais e dificuldades logísticas para transporte das frutas. Aliado a isso, é preciso destacar que para ambas as variedades da fruta, a entressafra deve começar a partir de fins de novembro e ocorre em diversas regiões” alerta.


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