O novo boletim do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre, publicado nessa quarta-feira, 15, traz um estudo informando que entre 2012 e 2022 houve uma queda de 11,79% no valor médio mensal do rendimento no Acre, percentual maior que a média nacional (2,58%) e da Região Norte, que foi de 4,68% -três vezes menos que o Acre.
No entanto, entre 2019 e 2021, período de surgimento e auge da pandemia no Brasil, o mesmo rendimento caiu 12,01% no Acre, saindo de R$ 2.099,00 em 2019 para R$ 1.847,00 em 2021.
Em 2022, os níveis de renda voltaram a crescer. No Brasil, o rendimento médio real de todas as fontes cresceu 2,01% frente a 2021 e chegou a R$ 2.533, o segundo menor valor da série desde 2012.
No Acre, esse incremento foi de 6,12%, levando a renda ao patamar de R$ 1.960 mensal. “A recuperação dos rendimentos no biênio 2021/2022 esteve associada a mudanças no mercado de trabalho e acesso das famílias ao Auxílio Brasil/Bolsa Família”, diz o artigo.
Ainda segundo o estudo, o rendimento médio mensal da população residente está associado, em grande medida, à dinâmica do rendimento do trabalho, já que esse é o principal componente da renda. No Acre, entre 2012 e 2022, esse rendimento caiu de R$ 2.441 para R$ 2.219.
“Apesar da aparente melhora no nível de renda das famílias em 2022, motivada em grande medida pelo incremento do valor pago pelo Auxílio Brasil e certa melhora no mercado de trabalho, percebe-se tanto no Brasil quanto no Acre, de forma específica, a urgente necessidade de investimentos a longo prazo em setores como educação, saúde, produção, indústria, comércio e infraestrutura para garantir efetivamente níveis de emprego e renda duradouros e sustentáveis para a população”, destaca o artigo.