Esse cenário de investimentos no segmento da energia elétrica já ocorria antes da privatização. Bem mais modesto, mas ocorria. É preciso ressaltar e reconhecer. Entre 2017 e 2018, por exemplo, o Governo Federal investiu R$ 73,3 milhões. Esse montante foi responsável pela formulação de projetos da então estatal que até hoje estão em atividade, sobretudo no interior do estado.
Na sequência, entre 2019 e 2021, já como Energisa, a empresa investiu R$ 586 milhões. E foi preciso ser ágil na transformação desses recursos em ações práticas porque, mesmo com o setor produtivo desaquecido, corria-se o risco de a região voltar a uma velha rotina, já bem conhecida dos moradores da Capital. “Em 2019, foi construída em seis meses a Subestação Alto Alegre”, lembra Xavier. “Sem ela, Rio Branco entraria em racionamento”.
Entre o fim dos anos 70 e início dos 80, havia energia elétrica nas residências da Capital até por volta das 22 horas. O retorno da energia elétrica acontecia aproximadamente às 5 horas da manhã. Era comum as mães alertarem os filhos: “Venha para casa antes das 10 porque é a hora que eles desligam o motor”. Voltar a essa rotina seria um retrocesso, mesmo em um lugar com o comércio e a indústria tão incipientes.
Atualmente, a Energisa possui, na Capital, cinco Subestações: São Francisco, Tangará, Taquari, Alto Alegre e Floresta. E o risco de racionamento foi excluído.