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Pesquisa em bares e restaurantes de Rio Branco revela queda na demanda como principal problema enfrentado na pandemia

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Da redação ac24horas
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Queda na demanda, aumento nos custos e tributação e problemas com contratação e manutenção da mão de obras estão entre os principais problemas enfrentados por donos de bares, restaurantes de Rio Branco durante a pandemia. A informação foi levantada pelo Fórum Empresarial do Acre e os professores da Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária no Acre (Fundape) durante uma pesquisa em 32 estabelecimentos da capital acreana no mês de setembro.


Os pesquisadores visitaram estabelecimentos de 12 bairros de Rio Branco, sendo a maioria dos entrevistados nos bairros Jardim de Alah, Floresta Sul e Bosque. O estudo completo pode ser conferido no 2º capítulo do 5º Boletim de Conjuntura Econômica do Fórum Empresarial do Acre. Acesso ao boletim completo aqui.


“Estas regiões foram selecionadas devido à grande concentração de bares, restaurantes, centros de alimentação como o Shopping center, galerias especializadas em alimentação, além da região comercial do bosque, também conhecida pela boa concentração de bares e restaurantes associados à movimentação comercial durante o dia e a disponibilidades de bares, restaurantes, pizzarias, lanchonetes e hamburguerias durante à noite”, destaca o estudo.

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O segmento foi um dos mais afetados durante a pandemia de Covid-19. Por conta das medidas de isolamento social, os empresários tiveram que fechar os estabelecimentos, dispensar trabalhadores, reduzir ou até suspender por completo compras de mantimentos, entre outros problemas. Os pesquisadores levantaram dados sobre o número de colaboradores contratados com carteira assinada, a média salarial desses trabalhadores, o tipo de serviço utilizado para entrega e perspectivas dos empresários para os próximos seis meses.


Dos 32 entrevistados, 28% disseram que a queda na demanda em função da redução do poder de compra dos clientes foi um dos principais problemas na pandemia. Outros 25% tiveram problemas com os custos e a tributação e 19% com a contratação e manutenção da mão de obras.


Sobre a constituição jurídica das empresas, 41% são compostos por empresário individual, 25% limitada e simples, ambas. Quando perguntados sobre o investimento inicial no empreendimento, 31% dos empresários, a maioria, respondeu que investiu até R$ 100 mil. Apenas duas empresas pesquisadas informaram o valor de investimento inicial de mais de R$ 1 milhão.


A maioria dessas empresas, um total de 25%, contrata entre três e cinco funcionários com a carteira assinada. Há empreendimento ainda que tem apenas o dono trabalhando. Com isso, os pesquisadores destacam que há uma predominância de empresas de pequeno porte no setor.


“A maioria são empresas de pequeno porte, microempresas com investimento inicial abaixo de R$ 100 mil, empregam, na média, entre três a cinco funcionários. Identificamos também os principais problemas enfrentados pelos empresários”, disse o professor e doutor em economia da Universidade Federal do Acre (Ufac), Carlos Franco.


Média salarial


A média salarial mensal observada entre os funcionários contratados com carteira assinada foi de R$ 1.451. Um total de 66% de distribuição dos salários pagos por serviços de mão de obra se encontra na faixa entre R$ 1,2 mil e R$ 1,5 mil. Já 28% representam a faixa entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil.


Conforme o estudo, essa informação pode explicar uma das dificuldades enfrentadas pelo setor, que se trata da contratação de mão de obra. Os salários médios ficam um pouco acima do salário mínimo, não representando um grande atrativo para o mercado de trabalho, principalmente para o público jovem.


Os empresários também foram perguntados sobre as perspectivas para os próximos seis meses. Cerca de 50% declararam que estão confiantes de que as condições gerais para a empresa sejam favoráveis. Outros 19% manifestaram que estão muito confiantes para as condições gerais para a empresa e 16% acreditam que a situação vai permanecer na mesma forma.


Por fim, 12% dos empresários estão pessimistas ou muito pessimistas. “Nas duas situações é possível identificar uma visão otimista, quer seja em relação ao ano de 2023 e aos próximos seis meses, os empresários demostram acreditar em melhorias das suas empresas e das condições gerais para o setor”, detalha o levantamento.


FÓRUM EMPRESARIAL


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