Em 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 4,8% recuperando a queda de 3,3% em 2020, decorrente da pandemia de Covid-19. O valor adicionado dos serviços cresceu 4,8% puxado pela recuperação do consumo das famílias (2,9%). Em valores correntes, o PIB foi de R$ 9 trilhões e o PIB per capita, de R$ 42.247,52. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais do IBGE divulgados nesta quarta-feira (8).
“A retomada dos serviços presenciais paralisados em 2020, incluindo viagens e entretenimento, explicam parte do crescimento. Outra parte deveu-se ao crescimento de determinados segmentos da indústria, como o de veículos e máquinas e equipamentos, e ao crescimento da construção”, destaca Cristiano Martins, gerente de bens e serviços de Contas Nacionais do IBGE.
O crescimento do PIB de 2021 foi revisado de 5,0% para 4,8%. A revisão decorreu, principalmente, da incorporação de novos dados sobreas atividades de Serviços, disponibilizados pela Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE. O crescimento dos Serviços foi revisado de 5,2% para 4,8%, com destaque para a revisão na atividade Transporte, armazenagem e correio (de 12,9% para 6,5%). O crescimento da Indústria foi revisado para cima, de 4,8% para 5,0%, enquanto a Agropecuária foi revisada de 0,3% para 0,0%.
O crescimento do PIB decorreu de um aumento de 4,5% do valor adicionado bruto, dos quais 3,4 pontos percentuais (p.p) se devem ao setor de Serviços e 1,1 p.p., à Indústria.
Em 2021, onze dos doze grupos de atividades econômicas apresentaram crescimento ou estabilidade, com destaque para Informação e comunicação (13,9%) e Construção (12,6%).