Cinco dias após a tragédia aérea com o avião Caravan que matou 12 pessoas em Rio Branco, não existe prazo estabelecido para o fim do trabalho de liberação dos últimos três corpos que faltam ser identificados, segundo informado ao ac24horas pelo diretor da Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil do Acre, o perito Sandro Martins.
Até o momento, nove corpos cuja identificação foi feita pelas arcadas dentárias foram liberados e oito foram transladados para as cidades de origem. O corpo do piloto, Cláudio Atílio Mortari, foi liberado nessa quinta-feira, 2, no entanto, ainda não há data para o translado, já que as famílias dele e do co-piloto, Kleiton Lima Almeida, querem que ambos sejam levados juntos para o Pará.
De acordo com Sandro Martins, a técnica de identificação pela arcada dentária não pôde ser aplicada aos corpos restantes em razão da qualidade das amostras que ficaram muito prejudicadas pela carbonização decorrente do incêndio da aeronave. Segundo ele, os corpos das três últimas vítimas serão identificados pelo exame de DNA.
“Vamos fazer o processamento das amostras pela técnica do DNA e vamos comparar com as amostras de referência das famílias, que já estão conosco, com exceção das amostras de familiares do co-piloto, que estão vindo do Pará. Vai ser um trabalho difícil, devido ao estado das amostras [das vítimas], mas esperamos ter um bom resultado e identificar esses corpos no mais breve espaço de tempo possível, mas não podemos estimar prazo, pois isso porque vai depender de cada caso”, explicou o perito.
Os corpos que faltam ser identificados são os de: Kleiton Lima Almeida (copiloto), de 39 anos, de Itaituba (PA) e que tinha se tornado pai há um mês, segundo a família; Antônia Elizângela, natural de Envira (AM); e Francisco Eutimar, que era de Eirunepé (AM), no Amazonas, e tinha 32 anos de idade.
A aeronave que caiu no Acre era da empresa ART Táxi Aéreo, de Manaus, e decolou de Rio Branco com destino a Eirunepé, com escala em Envira, ambas cidades no Amazonas. A investigação do acidente foi iniciada por uma equipe do 7º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VII), sediado em Manaus, e que é braço regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).
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