Um grupo de professores do município de Acrelândia (AC), aprovado no cadastro de reserva do processo seletivo da educação lançado em março deste ano, vive uma situação inusitada que tem provocado revolta contra a coordenação do núcleo da educação no município.
Cerca de 14 professores, que estão na mesma situação, procuraram o ac24horas para denunciar o caso. O grupo de profissionais diz ter sido convidado pelo coordenador do núcleo da educação do município, Ricardo Modesto, para comparecer no último dia 25 de setembro no referido núcleo para assinar os contratos do processo seletivo.
Os professores convocados foram até o núcleo no dia, não assinaram o contrato, mas foram informados que poderiam começar a trabalhar. Eles foram lotados e ouviram que o contrato seria assinado nos próximos dias, dependendo apenas de resolver problemas burocráticos.
Ocorre que os contratos, mesmo os professores sendo convocados e terem iniciado os trabalhos, nunca foram assinados. Pelo contrário, os profissionais, que achavam que estavam com seus empregos garantidos, foram dispensados, já que a Secretaria de Educação decidiu não convocar o cadastro de reserva e fazer uma nova seleção por meio de análise curricular.
“O que aconteceu é um absurdo. Tem gente que deixou o seu antigo emprego por ser convocado para assinar o contrato e agora está desempregado. Queremos que isso seja resolvido, já fomos ao Ministério Público, à Câmara de Vereadores”, afirma uma das professoras prejudicadas.
O ac24horas conversou com o coordenador do núcleo de educação de Acrelândia, Ricardo Modesto. O professor confirma que, mesmo sem autorização da SEE e sem nenhuma publicação no Diário Oficial, convocou os professores para assinar contrato.
“A gente tem uma permuta com o município e precisa repassar professores. Acreditando que o estado continuaria fazendo as convocações, eu chamei o pessoal que estava na lista. Eu pensei que como eles seriam convocados, vou chamar logo, eu faço a lotação deles no município e depois assinam o contrato. Na intenção de ajudar, eu acabei cometendo um equívoco porque não imaginei que a PGE iria proibir a SEE de contratar mais pedagogos e eu fiquei com o coração na mão”, afirma.
A reportagem também procurou a Secretaria Estadual de Educação para saber quais providências serão adotadas, já que os profissionais claramente foram prejudicados, uma vez que foram convocados, trabalharam e não tiveram seus contratos assinados. Por meio de sua assessoria, a SEE informou apenas que está em contato com o núcleo para verificar a situação.