O palestino Montaserbelah Al Shawwa, que mora no Acre há quase 10 anos, já perdeu 42 membros de sua família na Faixa de Gaza desde o início dos confrontos entre o Hamas e Israel, que começou no último dia 7 de outubro. Há uma semana, no dia 24, Montásser divulgou vídeos e fotos dos entulhos de um prédio onde morreram 25 familiares seus após um ataque da Hel HaAvir, a Força Aérea Israelense. O ataque teve grande repercussão na mídia mundial por acontecer próximo ao Hospital Al-Shifa.
No ataque mais recente que ocorreu na última sexta-feira, 26, 15 casas da família Al Shawwa foram destruídas em um perímetro conhecido na Faixa de Gaza como Praça Al Shawwa, onde os parentes vivem em vizinhança, o que poderia ser comparado a vilas no Brasil. Ao menos 17 pessoas, sendo 6 adultos e 11 crianças menores de 10 anos, foram mortas – ou “martirizadas”, segundo a cultura local.
Quatro pessoas continuam sob escombros e não puderam ser resgatadas. De acordo com Montásser, a quantidade de crianças num mesmo local se deve ao fato de que a cultura local estimula os menores a estarem sempre juntos: “Muita gente sai do norte e vai pro sul, ou o contrário, mas quando chega procura a família e ficam todos juntos. Assim as pessoas se sentem assistidas, dá uma sensação de segurança, mas quando acontece algum ataque, infelizmente prejudica muita gente da mesma família”, disse.
“O trabalho da defesa civil, famílias e vizinhos continua a extrair os corpos e feridos do local onde todas as casas que rodeiam a casa foram feridos e danificados, e há muitos feridos, entre crianças, mulheres e homens, diferentes nas suas fileiras, porque estavam nas casas quando foi bombardeada, que Deus os cure. Este violento bombardeio na região deixou para trás muitos mártires e feridos. Que Alá tenha piedade das suas almas, cure os feridos e os compense com melhor o que lhes aconteceu”, disse um perfil da família Al Shawwa em uma rede social.
A BBC News informou que o bloqueio no sinal de internet e celular na região de Gaza, feito por Israel, atrasa não só a chegada de informações aos familiares no exterior, como também a comunicação dos órgãos humanitários. O serviço de monitoramento de internet Netblocks postou no X (antigo Twitter) que houve um “colapso na conectividade” em Gaza.
De acordo com a BBC News, a Paltel, Empresa de Telecomunicações da Palestina, divulgou um comunicado nas redes sociais confirmando a “interrupção completa de todos os serviços de comunicação e internet com a Faixa de Gaza”. Em nota, Deborah Brown, pesquisadora da ONG Human Rights Watch, disse que o “apagão” nas telecomunicações “traz o risco de acobertar atrocidades em massa e de contribuir para a impunidade de violações de direitos humanos”.
Os Médicos Sem Fronteiras e o Crescente Vermelho Palestino divulgaram que perderam o contato com alguns membros de suas equipes em Gaza.“Estamos profundamente preocupados com a capacidade das nossas equipes em continuar a prestar os seus serviços médicos de emergência, especialmente porque este conflito afeta o número central de emergência ‘101’ e dificulta a chegada de veículos e ambulâncias aos feridos”, disse o Crescente Vermelho Palestino em um comunicado.
Veja o vídeo do interior de uma das residências da família Al Shawwa atingidas por bombardeios:
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