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Acre teve 5 acidentes com pequenos aviões nos últimos 4 anos, diz CENIPA

Destroços do vião Caravan que decolou do Aeroporto de Rio Branco na manhã deste domingo, 29, caiu na parte esquerda da pista após alguns minutos de sobrevoo Foto: David Sahid

Na manhã deste domingo (29), um avião de pequeno porte explodiu ao cair próximo à pista do Aeroporto Internacional de Rio Branco. Segundo as informações mais atualizadas, todas as doze pessoas a bordo morreram – 6 homens, 3 mulheres e 1 criança de um ano e sete meses, além do piloto e do copiloto.


De acordo com os relatórios disponibilizados no site do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), até o fatídico episódio deste domingo, haviam ocorrido cinco acidentes ou incidentes envolvendo pequenas aeronaves no Acre entre os anos de 2019 e 2022. Duas ocorrências foram em Feijó, duas em Rio Branco e uma em Cruzeiro do Sul, todas sem vítimas fatais.


No dia 26 de julho de 2019, um avião da empresa Rio Acre Táxi Aéreo Ltda., matrícula PT-OBL, da fabricante NEIVA, modelo EMB-810C, decolou do Aeródromo de Marechal Thaumaturgo, com destino ao Aeródromo de Cruzeiro do Sul, por volta das 21h03min (UTC), com um piloto e cinco passageiros a bordo.


Logo após a corrida de pouso em Cruzeiro do Sul, com a aeronave controlada, houve quebra do trem de pouso principal esquerdo, ocasionando o toque da hélice do motor esquerdo e sua consequente parada brusca. A aeronave parou após percorrer cerca de 100 metros, sem sair da pista.


Houve danos leves na asa e flap esquerdos e na fuselagem. Além de danos substanciais ao trem de pouso principal esquerdo, hélice e motor esquerdo. O piloto e os cinco passageiros saíram ilesos, sem a ocorrência de fogo.


Em Feijó, no dia 23 de dezembro de 2019, na Comunidade Boa Esperança, a aeronave de matrícula PT-JPA, da fabricante PIPER AIRCRAFT, modelo PA-28R 200, decolou do Aeródromo João Fonseca, em Envira (AM), com destino ao Novo Aeródromo de Feijó, no Acre, com um piloto e três passageiros a bordo.


De acordo com o relato do piloto, durante o voo, houve falha do motor e ele conduziu o avião para um pouso de emergência no rio Envira. Não foi possível determinar quais foram os danos ocorridos na aeronave. O piloto e os três passageiros saíram ilesos.


No dia 16 de janeiro de 2020, o helicóptero modelo AS 350 B2, de matrícula PR-CJD, operado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Acre, decolou do Aeródromo Plácido de Castro (SBRB), Rio Branco, AC, a fim de realizar uma operação policial, com cinco tripulantes a bordo. No curso da operação, o helicóptero pousou em uma via pública, na altura do quilômetro 124 da BR-314, Município de Santa Inês, região metropolitana de Rio Branco.


Após o acionamento do motor para o retorno a SBRB, enquanto os cheques antes da decolagem eram realizados, um caminhão baú colidiu contra as pás do rotor principal do helicóptero. A aeronave teve danos substanciais. Dois tripulantes e o motorista do caminhão sofreram lesões leves. Outros três tripulantes e dois ocupantes do caminhão saíram ilesos.


No dia 16 de outubro de 2020, na Comunidade Muru, em Feijó, a aeronave de matrícula PT-RPU, também da fabricante NEIVA, modelo EMB-720D, decolava de um local não cadastrado, com destino ao Aeródromo de Jordão, por volta das 20h00min (UTC), a fim de realizar um voo privado, com um piloto e um passageiro a bordo.


Durante a decolagem, a 100 metros do final do espaço a ser utilizado para decolagem, houve a colisão da aeronave contra gado bovino. Na sequência, o avião ultrapassou os limites da área empregada para tentativa de decolagem e a cauda colidiu contra uma árvore, acarretando a separação dessa seção do restante da fuselagem e a parada da aeronave. A aeronave teve danos substanciais. O piloto e o passageiro saíram ilesos.


O mais recente incidente envolvendo uma aeronave de transporte de passageiros no Acre havia acontecido no dia 14 de abril do ano passado, quando a porta de um avião que viajava entre Santa Rosa do Purus, no interior do Acre, e Rio Branco, se abriu durante voo e passageiros tiveram que segurar para mantê-la fechada até o momento do pouso. O avião era um turboélice EMBRAER EMB-110P1, de matrícula PT-OCW, fabricado em 1980 e operado pela Rio Branco Aerotáxi Ltda. Ninguém ficou ferido.


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