Categories: Nacional Notícias

10% do gado abatido pela JBS no Acre saiu de áreas irregulares, diz auditoria do MPF

Published by
Raimari Cardoso
[elementor-template id="1541731"]

Único frigorífico com operação no Acre a participar do 1º Ciclo Unificado de Auditorias na Cadeia Pecuária na Amazônia Legal, a gigante do setor de carnes JBS teve 10% da amostra auditada no estado em inconformidade com o chamado “TAC da Carne”.


Isso significa que os animais que a empresa abateu são oriundos de áreas irregulares, como fazendas desmatadas ilegalmente, com embargos, situadas dentro de terras indígenas ou que utilizaram mão de obra escrava.


Com relação a todos os estados onde a JBS atua – Pará, Mato Grosso, Rondônia e Acre -, os dados divulgados nesta quinta-feira, 26 de outubro, pelo Ministério Público Federal (MPF), mostram que a companhia teve 6,1% de inconformidade em suas compras.

Anúncios


No Pará, o MPF considera como insatisfatórios valores iguais ou acima de 5%. A média de irregularidades entre todos os 13 frigoríficos auditados no estado foi de 4,8%.


Em outros dois estados da Amazônia – nos quais pela primeira vez houve auditoria padronizada – a JBS também apresentou problemas: 12% dos animais abatidos em Rondônia tinham origem irregular, assim como 2% em Mato Grosso.


Os dados foram sistematizados em 2023, mas as transações analisadas são anteriores, pois ocorreram no período de julho de 2020 a dezembro de 2021.



Em nota à imprensa, a JBS celebrou o que considerou o “seu melhor resultado até o momento”, no índice de compra de gado dos ciclos de auditorias da Amazônia Legal, organizado pelo Ministério Público Federal, destacando ter obtido 94% de conformidade em suas compras no Pará.


“Estamos satisfeitos, mas nossa meta é atingir 100% de conformidade”, assegurou, na nota, a diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil, Liège Correia.


A empresa não comentou os resultados nos demais estados, mas saudou “o empenho do Ministério Público Federal em harmonizar o processo de auditoria para mais estados do bioma Amazônia” e defendeu a criação de um sistema público e nacional de rastreabilidade de gado bovino.


A respeito das duas empresas convocadas, mas que não apresentaram auditoria – Fricarnes e Modelo -, o MPF trabalhou com o cruzamento de dados públicos, em auditorias “automáticas”. A primeira teve 7% e a segunda 3% de irregularidades, conforme os dados divulgados.


Com informações do MPF e da Ong Repórter Brasil.


Share
Published by
Raimari Cardoso

Recent Posts

Fátima Bernardes enfrenta perrengue para assistir abertura das Olimpíadas de Paris

Fátima Bernardes, de 61 anos, está em Paris para cobrir os Jogos Olímpicos que começam…

26/07/2024

Boa Conversa: “pesquisas mostram avanço de votos de Marcus Alexandre”

O programa Boa Conversa, transmitido pelas redes sociais do ac24horas, está de volta. Focado nas…

26/07/2024

Suspeito de tráfico é preso após 6 meses de fuga em Cruzeiro do Sul

A Polícia Civil de Cruzeiro do Sul prendeu nesta sexta-feira, 26, por meio do Núcleo…

26/07/2024

Ana Maria Braga deixa o comando do ‘Mais Você’ durante os jogos olímpicos; veja

Ana Maria Braga, de 75 anos, não vai apresentar o "Mais Você", da TV Globo,…

26/07/2024

No Boa Conversa, Duarte confirma apoio do Republicanos a Marcus Alexandre

O programa Boa Conversa, transmitido pelo ac24horas nesta sexta-feira, 26, teve a participação ao vivo…

26/07/2024