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STJ concede habeas corpus a policial penal que matou trabalhador na Expoacre 2023

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Da redação ac24horas

O Superior Tribunal de Justiça concedeu habeas corpus ao policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva, que matou a tiros o trabalhador Wesley Santos da Silva, de 20 anos, no Parque de Exposições Wildy Viana no último dia da Expoacre 2023, o direito de liberdade após o Ministério Público do Acre pedir a sua prisão preventiva.


Wesley Santos e a namorada Rita de Cássia, de 18 anos, foram baleados pelo policial penal e ex-diretor do presídio de Senador Guiomard, Raimundo Nonato. Wesley morreu um dia depois, na UTI do Pronto-Socorro.


Ainda no hospital, Rita de Cássia – que sobreviveu ao atentado – deu seu depoimento à polícia. A versão dela é que Raimundo Nonato estava muito bêbado e estava se jogando em cima de mulheres e passando a mão. “Contou que Wesley e o tio estavam bêbados e ficavam se jogando em cima das mulheres, tentando se esbarrar para que eles ficassem se esfregando. Em um momento, ele tentou se esfregar nela e se jogou e ela conta que o empurrou”, disse.


Mesmo após o empurrão, Rita conta que o policial continuou importunando e foi aí que ela o agrediu pela primeira vez. “Na segunda vez que ele se jogou, dei um tapa nele. Quando ele foi retirado, outra mulher desconhecida que estava na festa disse que ele tinha feito a mesma coisa”, relata o depoimento.


Já do lado de fora, após a PM encerrar a festa, o casal se encontrou novamente com o policial penal e o irmão dele. Segundo a vítima, dos dois começaram a instigar novamente mais uma briga e ela mais uma vez agrediu Raimundo Nonato. Rita conta que neste momento Wesley também interferiu e foi quando o irmão alertou que os dois “levariam tiro.”


No meio da confusão e agressões, o policial puxou a arma e disparou pelo menos cinco ou seis vezes, segundo a jovem. Ela conta que ao sentir o primeiro tiro tentou proteger o namorado. Ela foi ferida na coxa, tornozelo e também no pé. Ela segue com duas munições alojadas no quadril.


O policial penal, que é casado e tem um filho de 9 anos, optou por ficar em silêncio no depoimento. Silias Veloso, que estava com ele no momento da briga e foi ouvido como testemunha, confirmou que eles foram agredidos por Rita e que, após os disparos, a população tentou linchá-lo e foi contida pela PM.


Com informações do G1.


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