Um crime que chocou a cidade de Brasiléia em 1998 teve um novo capítulo escrito após 25 anos dos fatos ocorridos. Era março daquele ano quando o taxista Alzenir Pinheiro Pereira foi brutalmente assassinado com 19 golpes de faca, maioria pelas costas, segundo conta o jornal O Alto Acre.
O fato se deu no km 18 da BR 317 (Estrada do Pacífico), quando o autor, identificado como José Estevão de Morais, hoje com 53 anos, teria contratado o taxista Alzenir para uma viagem até a zona rural no período da noite, mas o profissional não retornou para casa, tendo o seu corpo sido encontrado um dia após ter sido visto pela última vez.
O principal acusado de ter cometido o crime que chocou os moradores na época ficou foragido por dias em uma colocação dentro da mata na tentativa de não ser descoberto e preso. Relatos e testemunhos no processo mostram que José era uma pessoa violenta e contumaz em fazer ameaças.
Segundo foi apurado, José fugiu do Acre depois de algum tempo. Seu paradeiro ficou incerto e alguns até achavam que ele havia falecido devido ao seu sumiço. Sua localização, enfim, aconteceu devido ao trabalho investigativo de agentes da Polícia Federal de Epitaciolândia, que repassou as informações para a delegacia da cidade Ariquemes, interior de Rondônia, fazendo com que a Polícia Civil realizasse uma busca e o prendesse no dia 29 de setembro passado.
O jornal O Alto Acre buscou informações sobre um suposto abuso sexual praticado pelo acusado. Consta nos registros da Delegacia de Brasiléia, na época comandada pelo delegado José Alves, que dias antes de praticar o assassinato do taxista, José teria cometido um estupro contra uma jovem de 17 anos.
Foi quando teria contratado o taxista Alzenir para ir conversar com o pai da jovem, cerca de três dias após ao abuso sexual. No retorno à cidade, José Estevão, sem um motivo aparente, praticou o assassinato, fugindo do local, sendo o corpo da vítima localizado no dia seguinte.
A prisão foi comunicada à Delegacia de Brasiléia nesta terça-feira, 24. Os familiares ainda esperam que a justiça seja feita, por meio do julgamento e possivelmente condenação do acusado.
O juiz da Comarca de Brasiléia, Clovis Lodi, disse ao jornal que não será necessário a transferência do acusado para o Acre. Como o processo estava em aberto e José era considerado foragido da Justiça, irá passar pelo processo de julgamento via internet até o desfecho.
Com colaboração do jornalista Alexandre Lima.