Moradoras da rua Romã, no bairro Bahia Nova, em Rio Branco, compareceram ao lançamento do programa Recomeço Para as Famílias 2023, no centro da capital, para manifestar sua indignação com a falta de apoio das instituições de assistência na pós alagação.
Graciene de Araújo Silva é uma das mães de família que alegam terem sido abandonadas depois de sair de um abrigo. “Eu fui pro abrigo, quando saí ninguém me procurou para oferecer nada, não passaram lá em casa, não ganhei nada”. Já Francineide Gonçalves, reclamou que apesar de nenhuma autoridade ter comparecido em sua rua durante a crise, a presença é constante em períodos de eleição. “Meu amigo, em época de eleição é preciso ver, chove de político lá. O resto do ano é só desgraça, tudo abandonado, ninguém responde por nada”.
Depois que notaram as famílias falando com a reportagem do ac24horas, pessoas da diretoria da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos de Rio Branco, SASDH, apareceram no tumulto para tentar aliviar a tensão, já que a intriga começava a chamar a atenção dos presentes.
O secretário-adjunto da SASDH, Francisco Bezerra, interviu na discussão e assumiu que assistentes sociais que fizeram visitas podem ter deixado passar, ocasionalmente, casas que estão em becos e vielas, ou pode ter acontecido de as residências se encontrarem fechadas durante a visita, impossibilitando o cadastro.
Bezerra se comprometeu a enviar uma equipe à rua Romã nesta terça-feira, 24, para fazer o cadastro das pessoas do entorno que tenham sido atingidos pela enxurrada e não estejam cadastradas para receber benefícios sociais.