O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) disse nesta terça-feira (17) em sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Acre que há algum tempo foi procurado pela Associação dos Correspondentes Bancários, que apresentaram grave problema relacionado a plataforma de consignados, que possui cadastro de todos os servidores efetivos e temporários do Estado do Acre. Correspondentes são trabalhadores certificados pela Febraban, podendo acessar o sistema de contratação de operações de crédito em consignado de servidores públicos.
“Está sendo cometida uma grave fraude. Quando um correspondente acessa a plataforma, o fulano aparece como servidor efetivo com margem para fazer operações de crédito, de largo prazo. Ele faz a operação, pega o recurso e com alguns meses deixa de aparecer na plataforma como servidor efetivo. Depois, passa algum tempo, reaparece com outra matrícula”, disse o parlamentar da oposição.
“Uma das empresas entregou 70 operações feitas de forma fraudulenta, com mais de R$ 2 milhões. As instituições estão largado e concentrando o crédito porque apenas três instituições fazem o empréstimo atualmente”, relatou.
Magalhães quer audiência na Comissão de Serviço Público para debater a situação com representantes da plataforma, a Fênix Soft, e outros. Ele lembrou ainda que a empresa que administra a plataforma de empréstimos consignados a servidores do Acre ficou ficou de repassar R$100 mil para cursos de aperfeiçoamento do funcionalismo.
“A plataforma foi fruto de um debate intenso na legislatura passada”, lembrou. O Estado fez um decreto sobre o Avancard com outra margem de consignados. “Era o maior juro da história do Brasil o do cartão e foi por um decreto legislativo que sustamos as operações e agora ela aparece novamente”, disse.
Nenhum deputado da base do governo comentou o assunto na tribuna da Casa. O líder da oposição afirmou que nesta quarta-feira, 17, apresentará requerimento para oficializar a reunião na comissão para tratar do assunto.