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No Acre, 56 mil crianças vivem em nível “extremo” de privação de renda, diz Unicef

Família dorme em frente a Aleac - Foto Whidy Melo
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O estudo “Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil”, realizado pelo Unicef com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) Anual, dos anos 2016 a 2022, mostra que as crianças e adolescentes de 0 a 17 anos do Acre estão as sete que (levando em conta a situação de cada Estado) que mais sofrem privações relacionadas à renda, educação, informação, água, saneamento e moradia.


Como exemplo, o  Unicef traz um alerta que deve fazer a sociedade acreana refletir sobre soluções à estiagem: 20,15% das crianças e adolescentes  do Estado são privados de água potável  e um grupo de 86,9 mil vivem em privação extrema de saneamento básico.


Mas, muito além desse direito básico, 63,41% são privadas do saneamento básico; 56,28% de renda, sendo 19,20% (um contigente que pode chegar a 56 mil crianças e adolescentes)  em privação considerada ´extrema´, ou seja: são muito pobres. Ainda segundo o Unicef,   17,21%  são privadas de moradia;  e,12,04% da informação  -e aquele que pode ser realmente um drama para o futuro desses jovens: 16,28% são privados da educação, sendo que para 4,2% a privação alcança níveis extremos.

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No geral,  83,9% das crianças e adolescentes acreanos sofrem pelo menos uma dessas privações, segundo os dados de 2022. Em 2019, eram 84,7%. Apesar da queda, os números atuais mostram que milhares de crianças e adolescentes acreanos continuam vivendo em condições muito precárias.


Adicionalmente, utilizando a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2017/18,  a pesquisa do Unicef avalia uma outra dimensão, a de alimentação, que é aplicada às edições da 5ª Entrevista da PnadC Anual.


Além de mapear as múltiplas dimensões da pobreza – alimentação, renda, educação, moradia, água, saneamento e informação –, o estudo categoriza as privações em intermediária (acesso ao direito de maneira limitada ou com má qualidade) e extrema (sem nenhum acesso ao direito), de acordo com critérios como faixa etária, dados disponíveis e legislação do País.


O relatório do Unicef pode ser acessado aqui


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