Dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica 2022, divulgado pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), indicam que o Acre lidera proporcionalmente o ranking de mortes por choque elétrico no Brasil.
O estado tem a maior taxa do país, com 9,79 mortes por choque elétrico para cada milhão de habitantes. Já a taxa brasileira de mortes por choque elétrico de 2022 ficou em 2,76 ocorrências, e demonstra uma melhoria em relação ao ano anterior, registrada com 3,16 mortes.
As informações foram divulgadas pela distribuidora Energisa Acre em material que trata sobre prevenção de acidentes com eletricidade, que podem resultar em consequências graves. Os riscos vão da brincadeira com pipas em local inapropriado ao uso de uma tomada em condições irregulares.
Por esse motivo, a coordenadora de Saúde e Segurança da Energisa Acre, Gabriella Mendes, chama a atenção dos pais e responsáveis sobre os cuidados indispensáveis para que a brincadeira, que é tão importante para a infância, não acabe em tragédia.
“As crianças menores sentem a necessidade de explorar os espaços e são atraídas por tudo à sua volta. Já as maiores não querem perder um minuto de diversão. Infelizmente, a maioria, principalmente os mais novos, não têm consciência ou conhecimento dos riscos e se expõem aos perigos sem perceber. Cabe aos adultos terem atenção redobrada para protegê-las e evitar acidentes elétricos dentro ou fora de casa”, enfatiza.
Mesmo com todas as orientações, infelizmente nos últimos nove anos 342 crianças, de 0 a 10 anos, perderam a vida no Brasil vítimas de choque elétrico, segundo a Abracopel.
Quais são os riscos?
“Os riscos de acidentes elétricos são diferentes para cada faixa etária. Crianças menores precisam ser monitoradas o tempo todo para que não coloquem plugs ou fios na boca, não mexam, nem puxem fios, cabos ou extensões, nem coloquem objetos na tomada”, lista a coordenadora, destacando a importância dos protetores de tomadas.
Para a garotada que não fica longe dos eletrônicos, o alerta aos pais é para que não deixem que utilizem celular e tablet enquanto os equipamentos estiverem carregando. Ao ligar o videogame, a TV e outros aparelhos, muita atenção para não sobrecarregar os benjamins (Ts) pois isso pode aquecer as tomadas, causando um curto-circuito e até incêndios de grandes proporções.
Quando a brincadeira for ao ar livre, é indispensável observar o cenário: pipa e rede elétrica não combinam. “Não permita que crianças ou adolescentes escalem postes, nem entrem em uma subestação de energia na tentativa de resgatar pipas. O correto é soltar pipa longe da rede elétrica, em áreas abertas como campos de futebol e parques”, acrescenta.
Tem ainda a criançada que gosta de subir em árvores para se esconder ou colher frutos, sem notar a proximidade dos fios de energia. “Esses são alguns exemplos de situações que colocam a vida da criança em risco. Então, não basta proibir a brincadeira. O que pedimos aos pais é que expliquem os riscos da eletricidade, dentro e fora de casa, e proponham brincadeiras que garantam a diversão com segurança”, finaliza a coordenadora.
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