A questão do oriente médio é uma das que não meto o bedelho nem como curioso. Pouco sei além de superficialidades encontradas a rodo na internet e alguns sites de analistas, nunca li um livro sequer a respeito, logo, qualquer pitaco seria muito arriscado, portanto, prefiro continuar me informando, já que o tema deverá dominar a cena global pelos próximos meses com a declaração de guerra do Estado de Israel contra o grupo Hamas, que domina a Palestina e executou no último domingo o mais bárbaro e abominável ato terrorista conhecido desde a Segunda Guerra Mundial.
De todo modo, não se pode por estes dias desviar do assunto, então, recolho aqui mesmo no Brasil, a partir da postura de nosso governo frente ao conflito, motivo para identificar o caráter costumeiramente abominável da esquerda quando se confronta com situações como esta. No caso, não apenas do governo Lulista, covarde e insensível, mas de toda a grande imprensa.
Causou reboliço nas mídias sociais, onde com filtros se encontra a verdade dos fatos (na grande imprensa não há hipótese), a negativa de chamar as coisas pelo nome. Durante dias, as notas, comentários e declarações do consórcio mídia-governo-esquerda, foram no sentido de separar as palavras Hamas e Terrorismo. Enquanto víamos imagens bárbaras de centenas de jovens, mulheres e crianças, inclusive brasileiras, sendo arrestadas, estupradas e assassinadas pelos terroristas palestinos, a esquerda, não apenas no Brasil, quando não comemorou o ato, se omitiu ou cuidou de colocar uma conjunção adversativa na forçada condenação das ações.
Os puxadinhos do PT, incluindo a própria “Juventude do PT” chegaram a convocar um ato público de apoio a “Palestina”, conforme card abaixo. O MST apagou, mas o print é eterno. Na verdade, sancionam os atos terroristas contra Israel e verbalizaram isso.
As ditaduras amigas do lulopetismo também declararam apoio, um ASSESSOR de um deputado comunista, há tempos protegido pela esquerda em cargos, fez declarações horrendas em deboche contra uma mulher sequestrada e teve que ser demitido. De 2021, surge uma LISTA em que deputados declaram apoio ao Hamas pedindo que não seja reconhecido como grupo terrorista. Segundo eles, o que o Hamas faz é resistência. Resumo da ópera: A esquerda julga que o Hamas é um grupo legítimo que faz a resistência contra um Estado opressor, logo, não pode ser tachado de terrorista.
Não? Vejamos o que significa terrorismo. Conforme o michaellis.uol, terrorismo é o “Ato de violência contra um indivíduo ou uma comunidade, com o objetivo de provocar transformação radical da ordem estabelecida”; conforme a WordPress, “terrorismo é uma ação de violência, física ou psicológica, praticada por indivíduos, ou grupos políticos, contra pessoas, países, entidades, governos que não atendem a suas demandas ou vão de encontro a suas ideias. As ações ocorrem brutalmente para que o resto da população, não atingida diretamente, seja também atingido psicologicamente. Terrorista é aquele que executa o terrorismo”; segundo a ONU (Kofi Annan), “qualquer ação constitui terrorismo se tiver a intenção de causar a morte ou sérios danos corporais a civis, ou não combatentes, com o propósito de intimidar uma população ou obrigar um governo, ou uma organização internacional a fazer, ou se abster de praticar qualquer ato”.
Alguma dúvida de que se tratou de um ato terrorista, o que, não sendo o primeiro, faz do Hamas uma organização terrorista? Não, né? Pelo menos para quem tem ao menos dois neurônios e honestidade intelectual. Então, se é tão obvio assim, por que o governo e à esquerda de modo geral se negam a reconhecer o Hamas como organização terrorista? Arrisco:
1 – Porque desse modo ilibam a si mesmos. A esquerda revolucionária está disposta a fazer o mesmo, aliás, já fez. Tal como o Islã determina a extinção de todas as outras religiões e o Hamas, em sua fundação (1987), determina a extinção do Estado de Israel, O Manifesto Comunista determina a extinção da classe burguesa – leia-se extinção dos burgueses. Há precedentes para os genocídios da esquerda no século XX. Lembremos das mortes nos regimes socialistas causadas mediante violência, como no stalinismo, por exemplo, com tiros na nuca e gulags. Ou, se preferirem, pela fome, como na China de Mao Tsé-Tung e no Holodomor na Ucrânia. Hitler pensava do mesmo modo. Lenin revogou toda a moral do indivíduo em favor da moral coletiva, vale dizer, os fins revolucionários justificam os meios, quaisquer meios.
2 – Porque, domesticamente, se o Lulopetismo apontar o dedo ao Hamas como terroristas terá que, por coerência lógica, absolver os vândalos de 8/1 em Brasília. O consórcio, que secou a língua e machucou os dedos de tanto chamar idosos patriotas de terroristas, terá que rever seus conceitos. Não dá pra chamar dois eventos completamente distintos pelo mesmo nome.
Como essa gente não se dá por vencida, Lula sai da letargia para, sem mostrar a cara, se agarrar em nota a uma filigrana falsa de que “Se a ONU não classificou formalmente, o Brasil também não o fará”. O seu Ministro Paulo Pimenta, o “Montanha” na lista da ODEBRECHT, foi o porta-voz da canalhice. Ora, ora. Diversos países europeus, inclusive com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU foram claríssimos. A França proibiu manifestações favoráveis em todo o país, a Alemanha idem, até o canadense Trudeau condenou manifestações pró-Hamas e o Brasil fica nessa notinha estrumenta? Ridículo se não fosse trágico. Fácil desmascará-lo, basta perguntar a qualquer do consórcio governo-mídia-esquerda em que papel de padaria a ONU escreveu que os manifestantes patriotas de 1/8 em Brasília são terroristas, como não cansam de propagar por aí nos esgotos da mídia.
Qualquer ser humano que tenha um coração batendo no peito haverá, diante das imagens (vi algumas, terríveis) da perversidade dos ataques do Hamas, que chegou a degolar e incendiar bebês de 2 anos de idade, de escolher um lado. Só há dois, neste caso, o muro é posto de canalha.
Merece nota em todo esse tempo que os boquirrotos supremos, inclusive dois judeus que há por lá, estejam todos de bico calado (seria por aquele segundo motivo?). Para quem costuma falar dos autos fora dos autos, e dar palpite em qualquer iniciativa da Câmara dos Deputados como se fossem os guias da política e da sociedade, inclusive escolhendo lado para derrotar e para vencer, o silêncio deve ser penoso. Para nós, cá na planície, é, no mínimo, estranho.
Em tempo, o Primeiro-Ministro de Israel mostrou ao governo americano fotos de bebês assassinados e prometeu nesta quinta-feira (12/10), ao lado do Secretário de Estado Americano, que o Hamas será esmagado.
Valterlucio Bessa Campelo escreve às sextas-feiras no site ac24horas e, eventualmente, no seu BLOG, no site Liberais e Conservadores do Percival Puggina e outros sites. Quem desejar adquirir seu livro “Desaforos e Desaforismos (politicamente incorretos)” pode fazê-lo por este LINK
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