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Acre tem 133.191 hectares de cicatrizes de queimadas identificados até setembro

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Raimari Cardoso
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Até setembro de 2023, foram identificados 133.191 hectares de cicatrizes de queimadas em todo o estado do Acre. Em torno de 45% das queimadas ocorreram em desmatamentos ocorridos até 2022, em áreas consolidadas.


Os dados são do relatório do Projeto Acre Queimadas, que envolve diversos órgãos ambientais e pesquisadores, entre eles a professora Sonaira Silva, do Campus Floresta, da Universidade Federal do Acre (UFAC) em Cruzeiro do Sul.


O relatório divulgado nesta terça-feira, 10, diz que quando analisados os focos de calor, houve redução importante em comparação com 2022. Entretanto, o período de seca tem previsão de prolongamento, e as queimadas devem continuar ocorrendo até que o período do inverno amazônico inicie de fato.

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“Os cinco municípios mais críticos são Feijó, Tarauacá, Rio Branco, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul. O município de Marechal Thaumaturgo já tem mais áreas queimadas do que em 2022, 34% a mais. Os valores devem aumentar”, diz o documento.


Foram identificados 403 hectares de incêndios florestais (fogo afetando a floresta em pé). Os incêndios florestais se concentraram em Marechal Thaumaturgo, demonstrando seca extrema na região.


“Os incêndios florestais não foram maiores devido às chuvas que ocorreram em setembro. Entretanto, mesmo com as chuvas, a crise hídrica para o abastecimento de água potável se mantém no Acre”, acrescenta o relatório.


A Unidade de Conservação com maior área queimada foi Resex Chico Mendes (18 das 21 UCs do Acre registraram queimadas). O Projeto de Assentamento com maior área queimada foi o PAD Santa Luzia (124 dos 151 PAs do Acre registraram queimadas).


Sobre a qualidade do ar

O relatório informa que desde a segunda semana de julho, a qualidade do ar no Acre vem se deteriorando, com maior concentração de material particulado no mês de setembro. No entanto, a rede de qualidade do ar, implementada pelo Ministério Público do Acre (MPAC), tem sido negligenciada, segundo o documento.



“Todos os municípios do Acre possuem período de meses sem medições. Dois municípios não possuem nenhuma medida em 2023. É necessário pensarmos estratégias para manter essa rede funcionando de forma eficiente”, diz o relatório.


Mesmo com falhas, a rede mostra extremos de poluição aos quais a população acreana é submetida por conta das queimadas. Marechal Thaumaturgo registrou média diária de 103μg/m3 (6 vezes acima do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde).


“O El Nino em 2023 já traz secas mais intensas em algumas regiões no Estado do Acre. As previsões mostram precipitação abaixo do normal e temperatura acima do normal até final do ano de 2023. É necessário manter as ações de comando e controle ativas para desmatamentos e queimadas ilegais”, complementa o relatório.


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Raimari Cardoso

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