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Neto de Guiomard Santos critica anulação de homenagens a pessoas ligadas à ditadura

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O Ministério Público Federal (MPF) anunciou na última semana ter ajuizado ação civil pública, com pedido de liminar, solicitando à Justiça Federal que determine à União, ao estado do Acre, e ao município de Rio Branco que instituam comissões técnicas para mapear, analisar e promover a mudança nas nomenclaturas de logradouros, vias de transporte, edifícios e instituições públicas de qualquer natureza que homenageiem agentes públicos ou particulares que notoriamente tiveram comprometimento, direto ou indireto, com a prática de graves violações durante o regime civil-militar.


A iniciativa foi bastante criticada por Lauro Santos, ex-superintendente do Sebrae no Acre, ex-secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos e neto de José Guiomard Santos, que foi governador, deputado federal e senador no Acre, considerado uma das figuras mais importantes da história política acreana e é umas das pessoas que no entendimento do MPF devem perder a homenagem.


Para Lauro, a proposta é um desrespeito à história do Acre. “Isso é um desrespeito a essas pessoas, a essas famílias, a própria história do Estado do Acre, é não respeitar um contexto histórico. Fico preocupado, estarrecido e triste ao ver medidas de um órgão tão importante como o MPF querer desconstituir a história do estado, de pessoas que eram partidárias da Arena e construíram o Acre, a exemplo do meu avô, que fez reforma agrária, que lutou pelos direitos dos acreanos terem sua independência financeira, administrativa e política. Quando que um ditador vai querer tomar medidas nesse sentido?”, questiona Santos.

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Lauro Santos disse ao ac24horas que as homenagens são justas. “Meu avô construiu com outras diversas pessoas como Jorge Kalume, Omar Sabino, Jorge Lavocat, a história do estado do Acre. Ter ruas e homenagens a essas pessoas mais do que justa. Se pegar os livros de história não diz nada de ditadura sobre essas pessoas, por isso foram homenageadas e depois de 50 anos vamos mudar o nome de ruas, escolas e até dos municípios”, diz.


O neto de Guiomard Santos critica o que chama de envolvimento do MPF em política. “Tem que homenagear movimento social, sim, mas tem que respeitar todas as linhas de pensamento e política da época. O MPF não deve se envolver com política e sim defender os interesses da sociedade. Falta de respeito à própria história do Acre, onde muitas pessoas que estão sendo desqualificadas não participaram de nenhum movimento ditatorial, pelo contrário, foram estadistas e merecem ser reconhecidas e homenageadas”, finaliza.


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