Bastou anunciar o nome de DJ Lily na Concha Acústica para que o local fosse “abaixo”. Não é para menos, a DJ representa tudo que defende a Parada do Orgulho LGBTQIA+: inclusão, quebra de tabus e ocupação de novos espaços.
Lily, 28 anos, é a primeira DJ travesti do Acre. Em entrevista ao ac24horas, contou como começou na música. “Minha história é curiosa porque fiz um único show e depois veio a pandemia. Tive que esperar passar tudo para poder voltar a tocar”, conta.
Ser a primeira DJ travesti não é fácil, conta Lily. Depois da transição, relata que perdeu trabalho e deixou de ser convidada para shows. “Quando eu comecei era apenas um cara de calcinha, quando passei por esse processo de mulher, senti o preconceito e alguns locais que tocava passaram a não me convidar mais”, diz.
Mesmo com o preconceito, Lily afirma que tem sido válido quebrar tabus “Aos poucos, a gente vai sendo reconhecida, até porque o que mais importa é a qualidade do trabalho que faço. Ser pioneira é um orgulho”, revela.