A seca severa provocada pelo período de estiagem no Acre fez com que o governo do estado decretasse emergência nesta sexta-feira, 6.
A publicação no Diário Oficial do Estado (DOE) justifica o decreto pela diminuição abrupta das precipitações que acarreta considerável redução no nível dos Rios Acre, Purus, Juruá, Tarauacá, Envira, Iaco e Moa, atingindo substancialmente o abastecimento hídrico da população, agricultura e pecuária dos municípios localizados em suas respectivas bacias e que municípios e aldeias indígenas arriscam ficar totalmente isolados devido à falta de navegabilidade dos rios.
O governo também justifica a decisão por conta do risco de desabastecimento de medicamentos e itens de saúde nos hospitais e postos médicos dos municípios afetados e ainda cita as previsões meteorológicas do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia – CENSIPAM e dos modelos climáticos de que a situação de escassez de chuvas vai perdurar pelos próximos noventa dias.
“Fica declarada a existência de situação anormal caracterizada como situação de emergência em decorrência do cenário de extrema seca vivenciado e da iminente possibilidade de desastre decorrente da incidência de desabastecimento do sistema de água no Estado do Acre”, explica o decreto governamental.
O governo determina ainda a mobilização intensiva da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil – CEPDEC e da Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais do Acre – CEGdRA, vinculada à Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMA, para atuar junto às autoridades estaduais na execução de atividades e ações de socorro às comunidades isoladas, bem como assistência aos municípios que sofrem os efeitos da seca.
A situação de emergência é válida pelos próximos três meses.
Veja abaixo o decreto completo:
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