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Médicos decidem deflagrar greve e suspender plantões extras no Acre

Por
Leônidas Badaró

Os médicos do Estado decidiram por unanimidade entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 8 de novembro. A posição da classe foi tomada na assembleia-geral extraordinária (AGE) convocada pelo Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), realizada na noite dessa quarta-feira, 04, quando houve a análise do cenário imposto pelo governo.


Mesmo após a secretaria estadual de saúde emitir nota pública nesta quinta-feira, 5, garantindo que os pagamentos de plantões extras em atraso já foram creditados em folha de pagamento suplementar, os profissionais optaram por manter a decisão de greve.


Os médicos votaram ainda pela suspensão total de todos os plantões extras a partir de novembro. A postura tomada se deve aos cortes realizados das gratificações e ao não pagamento dos plantões já realizados.


Segundo o presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici, caso haja a retomada de todos os direitos, a mobilização será suspensa. A entidade já possui uma agenda com o governo do estado para as 14h30 desta sexta-feira, 06.


“A categoria decidiu por oferecer um prazo de pouco mais de 30 dias para demonstrar sua boa vontade. Caso haja a confirmação do pagamento de todos os direitos para todos os médicos, a paralisação não será realizada”, detalhou o sindicalista.


Depois de receber várias queixas relacionadas ao não pagamento de plantões e ao corte dos adicionais dos médicos, o Sindmed-AC convocou uma AGE para ouvir a categoria. Existem relatos até de demissões de profissionais. Vários documentos que chegaram ao conhecimento do sindicato comprovam os cortes e as irregularidades.


“Não podemos admitir que o médico seja punido pela ineficiência da gestão atual, responsável pela crise financeira. Os servidores trabalharam muito durante a pandemia de Coronavírus e não receberam as devidas homenagens e, ainda, sim, são os primeiros a serem prejudicados economicamente”, criticou o presidente do Sindmed-AC.


A promessa da gestão era que a crise financeira anunciada pelo governo não afetaria os setores da Saúde e da Educação.


O representante sindical ainda lembra que pautas antigas, como o Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR), a reposição inflacionária e outras demandas não foram atendidas, mesmo existindo acordos e dezenas de reuniões.


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Leônidas Badaró

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