O empresário Adriano Vasconcelos Correa da Silva, de 47 anos, preso em flagrante em um bar de Brasiléia, na noite da última terça-feira, 3, após atingir com um copo de vidro o rosto do servidor público municipal Paulo Henrique da Costa, de 21 anos, já possuía uma passagem pela polícia por outra agressão física, ocorrida em 2014.
Naquela ocasião, ele foi acusado por um menor de idade à época, Marcos Pessoa da Silva Júnior, que tinha 17 anos de idade. De acordo com a vítima, Adriano desferiu-lhe um soco no rosto no dia 19 de janeiro de 2014, quando ambos frequentavam o estabelecimento conhecido como “Palhoça”.
Quando apresentou a sua versão à polícia, Adriano afirmou que havia agredido o menor por engano, quando, na verdade, pretendia tomar satisfações por um desentendimento anterior com o irmão da vítima. O equívoco teria se dado em razão de os dois irmãos possuírem grande semelhança física. Segundo ele, após o soco, chegou a pedir desculpas e ajudar Marcos a lavar a boca.
Em julho do mesmo ano, as partes formalizaram acordo em audiência de conciliação na qual o agressor reparou os prejuízos financeiros causados à vítima no valor de R$ 3 mil e se comprometeu diante dos pais de Marcos a não mais ofender à vítima ou ao seu irmão. Mesmo com o acordo, a vítima poderia representar o autor criminalmente até 19 de julho de 2014, mas não o fez, dando fim à questão.
No episódio recente, Adriano foi autuado por crime de lesão corporal de natureza grave, uma vez que a vítima, após ser atendida no Hospital Regional de Brasiléia, foi encaminhada para Rio Branco em razão de ter um dos olhos atingidos por fragmentos de vidro, havendo risco de perda da visão. Em seu depoimento, ele disse que a agressão resultou do fato de Paulo, junto com uma terceira pessoa, ter se “voltado contra ele” após estarem causando confusão no ambiente em que os fatos ocorreram.
O empresário Adriano Vasconcelos foi preso por uma guarnição da Polícia Militar que chegou ao local instantes antes da agressão, mas acabou liberado após o pagamento de fiança. O delegado-adjunto de Polícia Civil de Brasiléia, Erick Maciel foi quem lavrou o flagrante. Ele vai ouvir a vítima assim que ela apresentar condições de prestar esclarecimentos, para que o inquérito seja concluído e encaminhado ao Judiciário.
A reportagem tentou manter contato com o advogado de Adriano Vasconcelos por meio do número telefone do escritório disponibilizado na internet, mas as chamadas feitas não foram atendidas até o fechamento desta publicação, permanecendo o espaço aberto para a manifestação do acusado.